13/08/2017 - 13:14 | última atualização em 18/08/2017 - 18:07

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OAB/RJ reforça preocupação com situação da segurança pública no Rio

redação da Tribuna do Advogado

 
Ao longo da última semana, o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, voltou a manifestar sua preocupação com a situação alarmante da segurança pública no Rio de Janeiro. Diante do quadro de violência, em que 97 policiais foram mortos apenas em 2017 e outros 305 feridos, a OAB/RJ publicou nota oficial no último domingo lamentando a situação do estado e convocando um grande ato aberto a toda a sociedade civil para que se busque, coletivamente, soluções.
 
"Faz-se necessário quebrar a letargia. Cobrar das autoridades soluções mais eficazes, debater os aspectos da segurança e, principalmente, ouvir os agentes policiais, os mais próximos desta realidade", diz trecho da nota.
 
Em declaração ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira, dia 15, Felipe afirmou acreditar que é o momento de serem discutidas novas formas de atuação das forças de segurança, reforçando uma posição que já tinha tomado em artigo que elaborou em conjunto com Luís Antônio Boudens e que foi publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 30 de junho. Na ocasião, os autores falaram sobre as responsabilidades da Polícia Federal e a necessidade de transparência, cautela e modernização de seu modelo de investigação, e defenderam a criação de um grupo plural, com a participação de especialistas, da sociedade civil e de autoridades.

Leia a nota oficial na íntegra abaixo:
 
Pacto pela vida

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro (OAB/RJ), lamenta profundamente as recentes perdas de agentes da Polícia – quatro (três PMs e um da Core) em somente 24 horas - e se solidariza com as famílias neste momento de dor.
 
A crescente escalada de violência que assola o Estado, atingindo indiscriminadamente o cidadão fluminense, nos desperta não só pesar, mas estarrecimento e indignação.  
 
Apenas em 2017, foram mortos 97 policiais. Outros 305 foram feridos. Os números são de uma realidade de guerra que, infelizmente, contabiliza milhares de vítimas por ano no Rio, tornando rotineiro o que deveria causar assombro. Faz-se necessário quebrar a letargia. Cobrar das autoridades soluções mais eficazes, debater os aspectos da segurança e, principalmente, ouvir os agentes policiais, os mais próximos desta realidade. Na semana passada, a OAB/RJ reforçou sua colaboração ao apoiar a criação da Associação Mãe de Polícia (Amapol), formada por mães que perderam filhos policiais para a violência.  
 
O próximo passo é a realização de um grande ato, com presença do presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, e aberto a toda sociedade civil, para avançar na busca por soluções para esse terrível cenário. É hora de uma firme resposta social. Dar um basta à situação e forjar um pacto em respeito à vida.

Felipe Santa Cruz, presidente da OAB/RJ
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