26/06/2024 - 16:44 | última atualização em 26/06/2024 - 18:58

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OABRJ recebe Conselho Nacional dos Direitos Humanos e organizações para discutir combate ao crescimento de células neonazistas no estado e no país

Mariana Reduzino



Na tarde desta quarta-feira, dia 26, a OABRJ sediou uma reunião do Conselho Nacional dos Direitos Humanos que reuniu lideranças de diferentes organizações do Rio de Janeiro para tratar de assuntos relacionados ao crescimento das células neonazistas no Brasil. Em 2023, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), protocolou um pedido de investigação no CNDH sobre o aumento de células neonazistas no país. Desde então, o conselho está reunindo informações e estudando os casos detalhadamente em cada região do Brasil. Esse estudo de caso -  o crescimento dos atos neonazistas no Brasil -  tem como parceiros de pesquisa duas importantes universidades federais, a UFF e a UFSC. 

O encontro foi conduzido pelo conselheiro do CNDH e presidente da Comissão de Direito Internacional da OABRJ, Carlos Nicodemos. No Rio de Janeiro, diante de um número expressivo de expansão neonazista, diferentes organizações públicas e privadas estão promovendo reuniões para discutir, dentre outros preconceitos e condutas intolerantes, o crescimento dessas células na sociedade civil e o impacto causado. O problema ganhou também a atenção do Ministério Público estadual, que, na manhã desta quarta-feira, se comprometeu em instaurar um inquérito civil para apurar o cenário no Rio de Janeiro e combater práticas nazistas. 


“A partir do estudo que traçamos diante de quatro elementos: educação, cultura, território e institucionalidade, uma das formas de combate é a construção de um plano educacional preventivo para desconstruir ideias equivocadas que futuramente resultem em práticas preconceituosas”, destacou Nicodemos. 



Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OABRJ, José Agripino, é inadmissível que, ainda hoje, seja preciso lidar com esse tipo de crime de intolerância. 

"A intenção dessa reunião é discutir possíveis soluções e propostas efetivas de combate”, enfatizou ele, que colocou a OABRJ à disposição para contribuir nesses esforços.

Além de Nicodemos e Agripino, também participaram da reunião o deputado federal pelo Psol Tarcísio Motta, a conselheira estadual de direitos humanos, Mônica Alckmin e os professores da Universidade Federal Fluminense Erika Kubik e Eduardo Heleno. Como representante da deputada estadual também pelo Psol Dani Monteiro, atual presidente da comissão de direitos humanos da Alerj, esteve presente Sidney Teles.


“Não temos políticas públicas de resolução em âmbito nacional, tampouco, estadual. Essa reunião é necessária para trazer esse tema para dentro do conselho, a fim de que o Conselho Nacional de Direitos Humanos proponha uma solução para a sociedade civil”, destacou Alckmin.  



Tarcísio disse que "o fio de esperança" é o enfrentamento por meio da educação. Na opinião do deputado, o combate a preconceitos de qualquer teor pode ser enfrentado pelo viés educacional.

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