23/01/2024 - 19:15 | última atualização em 29/01/2024 - 17:56

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OABRJ presta auxílio a advogado agredido

Ângelo Máximo foi atacado em supermercado de Niterói

Felipe Benjamin





Por meio de sua Comissão de Enfrentamento à Violência contra Advogados, a OABRJ está prestando assistência ao advogado Ângelo Máximo, responsável pela defesa da família do pastor Anderson do Carmo, assassinado em 2019.  Nesta segunda-feira, dia 22, o advogado foi agredido e ameaçado em um supermercado de Piratininga, em Niterói, e registrou queixa na 81ª DP contra Elias de Souza Azevedo, um dos genros da ex-deputada federal e pastora evangélica Flordelis, condenada em novembro de 2022 pelo assassinato de Anderson.

"Foram designados dois advogados da comissão para acompanhá-lo em toda fase policial", afirmou o presidente da comissão, Paulo Fernando de Castro.


"O trabalho da comissão compreende desde o acompanhamento ao advogado vítima de violência em toda fase policial, no qual a OABRJ mostra-se presente em defesa da integridade física do mesmo, até o encaminhamento do colega para tratamento psicológico através da Caixa de Assistência da Advocacia do Rio de Janeiro (Caarj), quando necessário".



Segundo o advogado, ele fazia compras em supermercado com a mulher quando Elias se aproximou e o ameaçou. De acordo com Ângelo, o familiar de Flordelis então o atacou, afirmando que mataria o advogado e a delegada Bárbara Lomba, inicialmente responsável pelo inquérito. O advogado afirmou à imprensa que solicitou imagens das câmeras do circuito interno do supermercado, mas foi  advertido de que as filmagens só seriam entregues à polícia.

"Ele partiu para cima de mim, me atacando, rasgando minha camisa, arrebentando meu cordão", contou Ângelo ao jornal O Dia. "Eu não entendi nada, o pessoal do mercado também não entendeu nada. Não tenho mais o que fazer diante desse caso. Conto com a ajuda das autoridades".

Segundo Paulo Fernando, a comissão avaliará as providências adicionais a serem tomadas após uma análise dos detalhes do caso. 

"Vários advogados e advogadas vítimas de violências como ameaças no exercício ou não da profissão, conflitos domésticos ou lesões corporais por divergência política tiveram problemas emocionais e,  em consequência dos mesmos, não puderam exercer plenamente os seus trabalhos como advogados".

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