OAB/RJ pede levantamento de policiais que mataram inocente Do jornal Extra 17/07/2008 - A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer saber se os quatro policiais envolvidos na operação que culminou com a morte do administrador Luiz Carlos Soares da Costa, na segunda-feira, mataram inocentes em operações anteriores. A presidente da comissão, Margarida Pressburger, pedirá à Secretaria de Segurança que levante - e faça a revisão - de todos os registros em que houve autos de resistência (quando os policiais matam em supostos confrontos). "A ação desse policiais, no caso do Luiz, foi mais apropriada com a de um caminhão frigorífico. Eles agiram com brutalidade. Queremos saber se realmente houve resistência no caso das mortes anteriores envolvendo essa equipe", disse Margarida. Caso a secretaria se negue a atender ao pedido da comissão, Margarida promete provocar o Ministério Público, para que a revisão seja feita judicialmente. A iniciativa da OAB foi reforçada por dados divulgados, ontem, pelo Extra, mostrando que a equipe envolvida na operação de segunda-feira tem um histórico de autos de resistência no currículo. Desde 2003, o cabo Jesus, comandante da equipe, tem 61 registros no nome dele e, em cinco deles, houve morte de alguém que, supostamente "resistiu" à prisão. Inocentados O inquérito da 17ª DP (São Cristóvão) que apura a morte de Luiz Carlos, poderá ser entregue ao MP indicando que os quatro PMs autores dos disparos contra o carro da vítima agiram em legítima defesa. O delegado José de Moraes disse que isso acontecerá se, em até dez dias, os laudos periciais não ficarem prontos ou não apresentarem indícios que possam inocentar os quatro policiais militares.