Por meio da Comissão de Direito Internacional (Cdint) e da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ), a Seccional passa a acompanhar o caso de grande repercussão em que quatro adolescentes, dois deles, filhos de diplomatas do Gabão e de Bukina Faso, foram abordados de forma truculenta pela Polícia Militar em Ipanema, no início deste mês. O apoio foi sacramentado numa reunião da qual participaram o presidente da Cdint, Carlos Nicodemos Oliveira Silva, o presidente da CDHAJ, José Agripino, a secretária-geral da Cdint, Maria Fernanda Fernandes, o embaixador e a embaixatriz do Gabão, Jacques Michel e Julie-Pascale Moudoute-Bell, e os advogados Raquel Fuzaro e Marcos Meneghetti e Maurício Maranhão. Ficou encaminhado que a OABRJ fará o monitoramento do caso na esfera criminal e cível, além de buscar a inclusão do episódio nas ações que tramitam no Supremo Tribunal Federal correlatas à situação que vitimizou os jovens. A Seccional promoverá ainda uma audiência pública, prevista para agosto, com o tema turismo seguro para estrangeiros afrodescendentes no Rio de Janeiro. De acordo com a imprensa, os diplomatas do Gabão e de Burkina Faso não permitiram que os seus filhos prestassem depoimento à Polícia Civil do RJ. Os representantes das duas diplomacias africanas informaram à Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat) que os meninos só vão depor ao Itamaraty e com a presença de uma psicóloga.