Obrigada a sair do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat) passa agora a funcionar em uma sala cedida pela OAB/RJ na Casa do Advogado Paulo Saboya, na Rua do Resende. Na inauguração do novo espaço da Acat, realizada na quinta-feira, dia 2, o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, criticou a decisão do Tribunal. “É lamentável. Mas esse não é um problema da Acat. Esse é um modelo do judiciário brasileiro, que quer se livrar da Acat, depois da Ordem, para depois transformar tudo em peticionamento eletrônico. É um processo de exclusão”. Felipe também destacou a necessidade de união entre a advocacia. “A advocacia trabalhista no Rio de Janeiro tem, pelo menos, mais de 20 mil militantes. O dinheiro usado para esse espaço da Acat é nosso. Dinheiro de advogado é um só. São as nossas entidades e nossa história é fruto delas. Seria tolo se a gente criasse divisões onde não há”. O presidente da Acat, André Vasserstein, destacou que a saída da associação do TRT foi consequência de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que queria cobrar aluguel por utilização das salas das associações trabalhistas em todo o país, o que ele considerou inviável. Segundo ele, a Acat foi a última associação a resistir. “A Acat é uma associação de luta. Iremos continuar lutando em defesa do Direito do Trabalho e dos advogados que militam nessa justiça especializada”, afirmou, agradecendo a presença dos os ex-presidentes na inauguração. A sala leva o nome do decano David Silva Júnior, membro mais antigo da Acat, e que destacou também a identidade de luta da associação. “Não é a primeira vez que mudamos de lugar. Antes era quase impossível termos telefone e máquinas de escrever. Hoje temos essa sala equipada com dois computadores e telefone, que nos permite trabalhar. Não iremos abrir mão da luta pela preservação do nosso espaço”.