03/10/2017 - 13:33 | última atualização em 16/10/2017 - 15:01

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OAB/RJ adere ao Outubro Rosa

redação da Tribuna do Advogado

Cássia Bittar
 
Foto: Lula Aparício   |   Clique para ampliar
Segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, no Brasil e no mundo (só perde para o câncer de pele não melanoma), o câncer de mama ainda é um tabu para muita gente. Por falta de informação, inclusive de que a doença, se diagnosticada cedo, tem cura, muitas pessoas não fazem exames preventivos. É por isso que desde a década de 1990 entidades de todo o mundo participam de uma mobilização coletiva chamada Outubro Rosa, durante todo este mês, para conscientizar sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama.
 
O Outubro Rosa começou nos Estados Unidos e, no Brasil, o primeiro sinal de envolvimento com a campanha aconteceu em outubro de 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor. Desde então, cada vez mais entidades e ações fortalecem a campanha com o objetivo de compartilhar informações sobre a doença, promover a conscientização sobre a prevenção, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. Em 2017, a OAB/RJ mais uma vez encampará a mobilização.
 
Além de iluminar, a partir desta quarta-feira, dia 4, sua fachada com a cor rosa, a Seccional promoverá no dia 18, das 9h30 às 12h, a palestra Outubro Rosa e a saúde da mulher, organizado pela Comissão OAB Mulher. O evento, gratuito, seguirá a proposta de transmitir informação à população sobre a questão, com suas diversas ramificações.
 
“Teremos palestra de um psicólogo falando sobre traumas emocionais e sexuais de um relacionamento abusivo; de uma médica mastologista explicando sobre a importância do diagnóstico precoce, sobre os sintomas e o tratamento do câncer de mama; e de um cirurgião plástico falando sobre a cirurgia de reconstrução mamária, que é algo de muita importância para as mulheres que passam por isso”, conta a presidente da comissão, Marisa Gaudio, observando que o assunto será tratado também no evento sob o viés jurídico, abordando a cobertura por planos de saúde.
 
Marisa explica que o sofrimento causado por consequências do câncer nas mulheres, como a possibilidade de remoção dos seios ou a perda de cabelos, são estigmatizadas como fúteis por algumas pessoas que acompanham de fora, mas são de extrema relevância para quem está passando pelo problema: “É preciso sensibilizar mais as pessoas para questões como essas, porque elas são muito importantes para as mulheres. As mulheres têm sua vaidade. Seu cabelo, por exemplo, é a moldura do seu rosto. Passar por um tratamento invasivo e ainda perdê-lo tem um impacto psicológico muito grande”.
 
Por isso, Marisa conta que a comissão está estimulando também as ações de doação de cabelo, perucas e lenços para organizações de tratamento do câncer: “A gente entende que é importante não só divulgar a prevenção da doença, mas também que as pessoas procurem entidades e façam esse tipo de colaboração para que as mulheres se sintam encorajadas a superar o câncer”.
 
Lembrando que no Brasil dados mostram que mais de 10 mil pessoas morrem por ano em decorrência deste tipo de câncer, Marisa reforça: “Essas vidas podem ser salvas. A OAB chama as mulheres para se engajarem nessa prevenção e também luta para que as políticas públicas existentes para tratar da questão sejam fortalecidas. A saúde é um direito fundamental.”
 
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o autoexame da mama deve ser feito uma vez por mês, todos os meses, 3 a 5 dias após o aparecimento da menstruação ou em uma data fixa nas mulheres que já não têm menstruação.
 
Todas as mulheres após os 20 anos, com caso de câncer na família, ou com mais de 40 anos, sem caso de câncer na família, devem realizar o auto exame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de mama.
 
Já a mamografia é recomendada pelo Ministério da Saúde que seja realizada a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
 
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A recomendação, por parte dos médicos, é de que a avaliação seja feita antes dos 35 anos somente em casos específicos.
 
É importante lembrar que apesar de a maioria dos casos de câncer de mama serem diagnosticados em mulheres, a doença também pode acometer homens, o que torna a prevenção necessária em ambos os gêneros.
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