19/09/2008 - 16:06

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OAB/RJ acompanha nova investigação em sumiço de engenheira

OAB/RJ acompanha nova investigação em sumiço de engenheira


Do jornal o Globo

19/08/2008 - O desaparecimento da engenheira Patrícia Amieiro Franco, de 24 anos, será investigado a partir de hoje pela Delegacia de Homicídios (DH). O delegado Marcos Reimão, da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), que era responsável pelo caso, entrega hoje ao delegado Roberto Cardoso, da DH, um relatório com todos os dados que a polícia tem sobre o sumiço da jovem. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio, está prestando assistência jurídica à família da engenheira.

Uma das primeiras medidas que Cardoso pretende tomar é chamar para depor os oito policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) que são suspeitos do crime. Patrícia está desaparecida desde a madrugada de 14 de junho passado, quando o seu Palio caiu no Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca. O inquérito já tem mais de 800 páginas.

Já foi descartada a possibilidade de a ossada descoberta num terreno baldio terça-feira passada, em Curicica, Jacarepaguá, ser de Patrícia. Pela arcada dentária, peritos constataram que não se tratava da vítima.

"A DAS estava no caso porque a família recebeu, logo após o desaparecimento de Patrícia, vários telefonemas informando que ela estava viva e que seria preciso pagar resgate. A família vem sofrendo muito com o desaparecimento", disse Reimão.

Dias depois do desaparecimento, uma das primeiras medidas da DAS foi fazer buscas, com bombeiros, no Canal Marapendi e na Região dos Lagos.

O corpo, no entanto, não foi achado. Logo depois, uma perícia no carro da engenheira descobriu perfurações na lataria e no motor provocadas por tiros. Mas, como os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) só encontraram fragmentos de balas, não foi possível identificar de que armas os tiros foram disparados - o objetivo era confrontar os projéteis com as armas dos PMs suspeitos. Peritos disseram que o carro da vítima foi atingido por balas de calibres 380, .40 ou 9mm.

PMs são suspeitos de ter feito disparos contra o automóvel da engenheira, depois de ela não ter parado numa blitz. Eles também teriam desaparecido com o corpo da vítima. Testes de DNA, no entanto, constataram que o sangue encontrado nos carros dos policiais não era da engenheira. Mesmo assim, há vários pontos ainda não esclarecidos pelos PMs, por isso eles continuam sendo considerados suspeitos.

"O resultado negativo do DNA não exclui ninguém, nem qualquer linha de investigação. "A solução para o caso está na localização das testemunhas", disse Reimão.

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