30/03/2023 - 18:02 | última atualização em 31/03/2023 - 13:00

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OABRJ aborda educação ambiental como elemento adequado para atuação no meio jurídico

Encontro firmou parceria da Comissão de Direito à Cidadania com Ifec para elaboração de projetos sociais



Com o tema ‘Educação ambiental para a Justiça Ambiental’, a Comissão de Direito à Cidadania (CDSC) da Seccional realizou na noite de quarta-feira, dia 29, encontro em parceria com o Instituto Interamericano de Fomento à Educação, Cultura e Ciência (Ifec), para fomentar as possibilidades existentes em tempos de mudanças climáticas. O evento foi transmitido ao vivo no canal da OABRJ no YouTube, assista quando quiser. 


“O objetivo da comissão é chamar atenção para assuntos importantes a serem discutidos. Vimos que este tema era necessário à cidadania, principalmente nos dias atuais, já que ele cada vez mais se aproxima da nossa rotina social. Sem o meio ambiente preservado, não teremos vida”, ponderou a presidente do grupo, Valéria Farah no início do evento.



“É essencial termos e incentivar a educação ambiental na Justiça, nos tornando agentes dessa mudança para prevenir os impactos negativos e requisitando a construção de políticas públicas e uma fiscalização mais rígida”.

Também integraram a mesa a vice-presidente do comissão, Katia Junqueira; o diretor de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da OABRJ, Leandro Frota; o presidente-chanceler do Ifec, Raymundo Stelling Júnior; e a diretora do Núcleo de Educação Ambiental do Instituto, Anne Kassiadou. 

Para Leandro Frota, a sociedade precisa desenvolver o mesmo olhar voltado à tecnologia para o contexto ambiental. 

“Infelizmente, a sociedade não tem a devida noção ambiental e de que as nossas ações contribuem para este impacto negativo o qual vemos em todo mundo”, considerou o diretor.

“A água de esgoto é a ponta da lança para abrirmos esse debate sobre saneamento. Nós temos hoje um país que discute as inovações, como o 5G, mas ao mesmo tempo está atrasado na questão de saneamento. Aqui no Rio, por exemplo, nós temos uma Baía de Guanabara abandonada. Isso tudo deve-se a uma falta de consciência crítica e promoção educacional da população brasileira”.



A exposição do encontro ficou a cargo da gestora ambiental, Anne Kassiadou. Ela fez um apanhado sobre a importância da educação para a área, com a apresentação de casos concretos de práticas resilientes e proposições acerca do tema. 

“O artigo 225 da Constituição credibiliza nossas ações no campo ambiental. Todos nós temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e é nosso dever preservá-lo”, pontuou Kassiadou. “A atuação do Ifec é no âmbito não-formal de ensino, levando esse conhecimento para as favelas e criando uma conscientização pública. Dentro da discussão das mudanças climáticas, na ponta do iceberg vemos uma macropolítica acontecendo, mas em sua ponta vemos outros acontecimentos e medidas voltadas ao combate às mudanças no clima. São essas ações que fazem a diferença para o meio ambiente”.

O presidente-chanceler do Ifec, Raymundo Stelling, destacou a profícua parceria com o Conselho Federal da OAB, que agora estende-se à Seccional do Rio de Janeiro através da comissão.

“Temos a parceria com a Ordem dos Advogados há 20 anos e expandir à OABRJ nos deixa muito felizes”, declarou Stelling. “Somente uma sociedade instruída promove um futuro mais seguro, justo e democrático com uma visão igualitária. O Instituto trabalha na intenção de colaborar com os objetivos traçados pela Organização das Nações Unidas (ONU) na questão ambiental. Os que mais sofrem as consequências dos efeitos negativos são os mais vulneráveis. Portanto, o grande elemento transformador para atingirmos um meio ambiente saudável, sempre será cada um de nós”.

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