24/11/2016 - 18:31 | última atualização em 28/11/2016 - 14:31

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OAB/Mulher confere medalha Myrtes Campos à delegada Cristiana Bento

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Bruno Marins   |   Clique para ampliar
A OAB/Mulher concedeu, nesta quinta-feira dia 24 de novembro, a medalha Myrtes Campos à delegada de Polícia Civil Cristiana Bento, por sua atuação na defesa dos direitos humanos.
 
A presidente da OAB/Mulher, Daniela Gusmão, agradeceu o espaço cedido pelo Conselho para a cerimônia, e ressaltou a importância da campanha em favor das mulheres advogadas. “Estamos chegando ao fim do Ano da Mulher Advogada, e queríamos muito fechar um ciclo de muito trabalho com mais uma conquista. Hoje tivemos a votação no Senado do projeto de lei que garante prioridade nas sustentações orais para gestantes e lactantes, e também a suspensão dos prazos”, comemorou Daniela, referindo-se à aprovação do PLC 62/2016 pelo plenário do Senado Federal, nesta quinta-feira dia 24. A matéria, que segue agora para sanção presidencial, desobriga advogadas gestantes ou lactantes de passar por detectores de metais e aparelhos de raio X nas entradas dos tribunais; reserva vagas nas garagens dos fóruns dos tribunais; garante acesso a creches ou a local adequado para atendimento das necessidades dos bebês e dá prioridade na ordem das sustentações orais e audiências diárias; e prevê a suspensão dos prazos processuais para as advogadas que derem à luz ou adotarem uma criança.
 
Em seguida, a presidente da OAB/Mulher chamou a homenageada para compor a mesa. “Hoje vamos homenagear uma mulher que não é advogada, mas fez muita diferença no debate sobre os direitos das mulheres. Este ano, ela foi decisiva em três casos graves: um do estupro coletivo de uma adolescente moradora da Praça Seca, outro de uma quadrilha envolvida com prostituição de menores na Barra da Tijuca, e, ainda, o caso do coronel da polícia que cometeu estupro de vulnerável. Sinto-me muito feliz em dar a medalha Myrtes Campos para essa grande lutadora dos direitos humanos no Rio de Janeiro. O trabalho conjunto das nossas instituições é muito importante”, exaltou Daniela.
 
Foto: Bruno Marins   |   Clique para ampliarA delegada agradeceu à comissão e à OAB/RJ pela homenagem. “Essa medalha é o reconhecimento de que não luto sozinha. É preciso inquietar-se com a injustiça, e acredito que essa inquietude foi também um dos motores que impulsionaram Myrtes Campos. As mulheres no século 19 eram mal vistas apenas por estudar. É nessa mulher insatisfeita que me inspiro. A luta é grande, temos muito ainda a caminhar”, concluiu Cristiana Bento. A mesa também foi composta pela subchefe administrativa da Polícia Civil, Elizabeth Cayres; pelo assessor para assuntos institucionais da Polícia Civil, Gilbert Stivanello; pela delegada de Polícia Civil Vanessa Martins; e pela coordenadora-geral do Educandário Romão Duarte, Luciana Calaça.
 
A honraria leva o nome de Myrtes Campos, primeira mulher advogada do país. Nascida em Macaé, lutou por anos para poder exercer a advocacia. Tornou-se um marco para as mulheres advogadas.
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