Mais um núcleo digital foi inaugurado pelo projeto OAB Século 21 nesta quarta-feira, dia 14, em São Gonçalo. Uma antiga sala de aula da subseção foi reformada e agora dá lugar ao espaço, que tem oito computadores, impressora, equipamentos para o peticionamento eletrônico e o serviço de preenchimento eletrônico da Guia de Recolhimento de Receita Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Grerj), além de abrigar três escritórios compartilhados que podem ser usados gratuitamente pelos colegas. Para o presidente da OAB/São Gonçalo, José Muniz, a obra faz parte de um processo de transformação pelo qual a OAB/RJ vem passando desde a primeira gestão de Wadih Damous e que tem continuidade sob o comando de Felipe Santa Cruz. "Nossas salas tinham computadores e máquinas de fotocópia obsoletos. Basta olhar as salas e sedes no Rio de Janeiro para observar o empenho que está sendo direcionado. O resultado do pagamento da anuidade está aqui e nelas", disse ele. O presidente também elogiou os escritórios compartilhados. "Os espaços são muito importantes porque nós sabemos o custo operacional de um escritório e das dificuldades enfrentadas, principalmente, por colegas recém-formados. Aqui eles terão a possibilidade de atender seus clientes com a privacidade e a dignidade necessárias ao exercício da atividade profissional". O tesoureiro da Seccional, Luciano Bandeira, lembrou o trabalho da Seccional para devolver o valor da anuidade aos advogados em forma de serviços. "A organização das contas da OAB, um trabalho que não é fácil, gera a possibilidade de aproveitar melhor o dinheiro da anuidade, fazendo com que ele retorne integralmente para os colegas", afirmou ele. Um dos serviços que mais beneficiam os profissionais, na opinião do presidente da Caarj, Marcello Oliveira, é o projeto OAB Século 21. "Nós vemos como o OAB Século 21 faz a diferença na vida dos advogados. Vemos como eram precárias algumas instalações e como elas foram transformadas para que os advogados tenham locais dignos para exercer sua profissão", ressaltou. Processo eletrônico Criado para auxiliar os colegas na utilização do processo eletrônico, o núcleo de São Gonçalo é apenas mais um exemplo das providências tomadas pela Seccional para evitar que a advocacia saia prejudicada do processo de transição no Judiciário. Apesar do esforço da OAB/RJ, Felipe, presente à inauguração, explicou que o diálogo com os tribunais não tem surtido o efeito esperado. Daí a ideia de criar o abaixo-assinado solicitando que o Tribunal de Justiça (TJ) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a exemplo da Justiça Federal, aceitem a entrega de petições também em papel enquanto o sistema de informática não funcionar a contento. “Sou uma pessoa que acredita muito no diálogo. Mas, o diálogo tem um limite. É a hora em que você não é ouvido. Nós sabemos que os tribunais não vão garantir à advocacia uma transição humana para o processo eletrônico. Não é preocupação dos tribunais a situação da advocacia. Por isso, estamos propondo soluções. Esta é a maior batalha da gestão. Aí está a chave do futuro da advocacia”, declarou Felipe. José Muniz acredita que o abaixo-assinado é um sinal de preocupação e de sensibilidade por parte da Seccional. “Temos que tomar uma atitude porque isso vai, inclusive, colocar na marginalidade alguns profissionais que não têm a possibilidade de se adequar. E a transição é feita de maneira açodada. Tive a oportunidade de ver um colega ficar uma hora tentando enviar uma petição inicial e não conseguir”, contou ele