12/07/2018 - 17:04 | última atualização em 13/07/2018 - 11:22

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OAB Mulher outorga medalha à advogada Ana Maria de Sá Rodrigues

redação da Tribuna do Advogado

              Foto: Bruno Marins |   Clique para ampliar
 

Clara Passi
Depoimentos comoventes de colegas de trabalho marcaram a entrega da medalha Myrthes Gomes Campos à advogada Ana Maria de Sá Rodrigues, na noite de quarta-feira, 11, na sede da OAB/RJ.

Conduzida pela presidente da OAB Mulher, Marisa Gaudio, a solenidade teve a presença do tesoureiro e presidente da Comissão de Prerrogativas da entidade, Luciano Bandeira, da presidente da OAB Leopoldina, Talita Menezes do Nascimento, e do advogado João Carlos de Camargo Éboli. 
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A ex-presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) Maria Adélia Campello, a primeira mulher a ocupar o cargo, e a atual, Rita Cortez, também prestaram homenagem à colega. Cortez aproveitou a oportunidade para convidá-la a fazer parte da entidade.

Aos 71 anos, Rodrigues está completando 50 anos de carreira na advocacia. Deu os primeiros passos na carreira como representante do Clube Beneficente dos Sargentos da Marinha. Em plena ditadura militar, era respeitada por defender os interesses da instituição (apesar de fazer política estudantil de oposição ao regime).
 
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Um vídeo sobre a trajetória da advogada emocionou a platéia. Carioca da Penha, filha de um lapidador de diamantes sem formação acadêmica que prosperou e de uma dona de casa, Rodrigues lembrou o conselho que recebeu de sua mãe: “Ela me dizia que era estudando que eu sairia da pobreza e que casamento não era carreira para a mulher”. Emocionada, a filha única de Rodrigues, Vanessa, e a neta, Luna, também participaram da entrega da honraria a Rodrigues. 

A presidente da Subseção da Leopoldina falou sobre o tempo em que trabalhou como estagiária da advogada e a contou que a considera sua grande mentora profissional. “Foi minha fada madrinha e segunda mãe”.
Gaudio falou do orgulho de homenagear mulheres com a medalha e do simbolismo do ato. “Ainda não conseguimos atingir a verdadeira igualdade em várias instituições, na Ordem também não, já que é espelho da sociedade. Em âmbito nacional, as mulheres representamos 50% (dos inscritos). Se pagamos metade da conta, queremos metade da mesa”, disse ela.

Myrthes Gomes Campos foi a primeira mulher a exercer a advocacia no Brasil. De 1924 até a sua aposentadoria, em 1944, exerceu o cargo de encarregada pela Jurisprudência do Tribunal de Apelação do Distrito Federal.
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