O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho, divulgou nota à imprensa para contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de quebrar os sigilos bancário e fiscal de advogados de envolvidos na Lava Jato. O relator dos processos relativos à Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki determinou as quebras de sigilo bancário e fiscal do escritório do advogado Fernando Neves. Em maio, já havia determinado a quebra dos escritórios de Michel Saliba e de Paulo Silva. Leia a íntegra da nota: O constitucional direito de defesa assegura ao cliente o direito à confidencialidade na relação com o seu advogado, o que inclui informações acerca dos honorários advocatícios. A OAB foi ao STF e defendeu esse direito para a advogada dos delatores, tendo obtido liminar. Estamos atuando nesse caso também dos advogados dos acusados. Não pode haver dois pesos e duas medidas. A própria procuradoria-geral da República, em ADI que tramita no STF discutindo essa matéria, deu parecer a favor do sigilo quanto a origem dos honorários. A OAB vai pedir que seja julgado no plenário o quanto antes o habeas corpus impetrado em favor da advogada dos delatores. Se for confirmada a liminar pelo plenário se aplica a todos os casos, e a entidade pedirá a extensão a todos os advogados na mesma situação. Não há qualquer diferença legal ou constitucional entre advogado de delator e advogado de investigado.