A OAB divulgou ontem o resultado definitivo da primeira fase do X Exame de Ordem Unificado, que teve recorde de aprovação. Dos 124,8 mil candidatos inscritos, 67,4 mil passaram para a próxima etapa, totalizando 54% de aprovação. O índice foi o mais alto desde a unificação do Exame de Ordem, em 2010, superando o recorde de 48% atingido na oitava edição da prova. Recursos interpostos, principalmente contra seis questões, baseavam -se em diferenças de interpretação O primeiro exame deste ano já havia registrado outro recorde, o de número de inscritos, fruto da alta taxa de reprovação da edição anterior da prova, quando apenas 16,7% dos candidatos passaram para a segunda fase do certame - e somente 10,6% conseguiram a tão desejada carteira que permite o exercício da profissão de advogado. Como nenhum dos recursos interpostos por candidatos conseguiu anular questões do exame, o gabarito original foi mantido intacto. Segundo o coordenador nacional do Exame de Ordem, Leonardo Avelino Duarte, não houve muitos recursos em comparação com outros exames, mas seis questões em especial foram contestadas pelos candidatos. Analisadas por bancas da OAB e da Fundação Getulio Vargas (FGV), não chegaram a ser anuladas. "Os recursos se baseavam em diferenças de interpretação, o que é natural na área, mas, tecnicamente, as questões estavam corretas", comenta Duarte, para quem a taxa recorde aprovação não trouxe surpresas. "Até 55% (de aprovação) é normal para a primeira fase, é até esperado; também esperamos um alto volume de aprovações na segunda fase", estima ele. Agora, os bacharéis em direito aprovados na primeira fase da prova devem centrar esforços na preparação para a prova prático-profissional, marcada para 16 de junho. Nessa etapa, só com questões subjetivas, os candidatos deverão responder quatro situações-problema, além de redigir uma peça profissional na área jurídica.