14/01/2016 - 11:46

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OAB: agressão a fotógrafo é tentativa de homicídio

jornal O Dia

A OAB/RJ vai cobrar explicações à Polícia Civil sobre a soltura do homem que agrediu o repórter fotográfico do DIA, Márcio Mercante, na tarde de terça-feira, dia 12. Ele caiu de uma altura de mais de quatro metros após ser empurrado por um jovem, no Arpoador, na Zona Sul. O suspeito, que foi detido e liberado, vai responder em liberdade por lesão corporal no Juizado Especial Criminal. O caso foi registrado na 14-s DP (Leblon).
 
"Estamos comunicando às comissões de Segurança Pública e da Liberdade de Imprensa para cobrar da Polícia Civil. Ficou claro que houve uma tentativa de homicídio. O fotógrafo podería ter morrido, pois caiu de uma altura de mais de quatro metros. E se não fosse o pulso quebrado, mas sim o pescoço?", questionou, indignado o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
 
Ainda segundo ele, a presença do profissional na praia pode ter 'incomodado' alguém, como um usuário de drogas. "Por que não empurraram um banhista? O fotógrafo só pode ter incomodado algum criminoso que reagiu desta maneira agressiva. Não é normal empurrar tuna pessoa desta altura" comentou.
 
Mercante, que fraturou os dois pulsos e teve luxações pelo corpo, foi socorrido e levado para o Hospital Miguel Couto. Com os dois braços engessados, Mercante terá que ficar 45 dias afastado de suas funções.
 
Para o advogado do Instituto de Defensores de Direitos Humanos, João Thncredo, o Ministério Público do Rio pode desconsiderar a autuação do crime. "Na dúvida se o autor tentou matar ou não o fotógrafo, se indicia pelo crime mais simples, pois é uma decisão séria do delegado. Cabe a ele avaliar. OMP, após o resultado do laudo e da conclusão do inquérito, pode indiciar o autorportentativadehomicídio" explicou.
 
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o laudo do exame de corpo de delito é que vai dizer se o caso é mais grave que lesão corporal de acordo com a gravidade das lesões. O suspeito, que não teve a idade e nome revelados, possui duas anotações criminais na polícia. O Sindicato dos Jornalistas do Município emitiu nota de repúdio sobre o caso.
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