23/08/2016 - 11:03 | última atualização em 23/08/2016 - 11:02

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MPF investiga verba pública nos Jogos

jornal O Estado de S. Paulo

O Ministério Público Federal (MPF) está investigando as obras relativas aos Jogos Olímpicos do Rio suspeitas de corrupção e improbidade administrativa. Dos serviços de esgoto para despoluir a baía de Guanabara aos contratos entre agências públicas e o Comitê Rio2016, os procuradores querem saber como os recursos públicos foram utilizados.
 
Tanto o presidente do COI, Thomas Bach, quanto o Comitê Rio-2016 argumentam que não houve utilização de recursos públicos. Para o procurador federal Leandro Mitidieri as apurações revelaram que pelo menos R$ 600 milhões de diferentes níveis de governo abasteceram o evento via subsídios para energia, segurança e transporte.
 
O MPF suspeita que a Rio-2016 tentou dissimular o envio de recursos públicos com um acordo de patrocínio com a Apex (Agência de Promoção de Exportações) dias antes do início dos Jogos. A suspeita dos procuradores é de que o contrato não seria de patrocínio, mas apenas um mecanismo para garantir dinheiro público no evento, o que estaria banido pela Justiça. A Apex informou que o contrato de patrocínio envolveu uma projeção durante a festa de encerramento de uma campanha internacional para promover o Brasil pelo mundo.
 
Cambistas
 
Todos os 12 integrantes do comitê executivo do Conselho Olímpico da Irlanda participaram da "decisão inicial de indicação" da empresa THG Sports para revender ingressos para os Jogos de 2016 que a entidade recebeu, disse à Polícia Civil do Rio o presidente afastado do órgão esportivo irlandês, Patrick Joseph Hickey. Ele está preso no Rio, no Complexo de Gericinó, na zona oeste, sob acusação de participar de um suposto esquema de revenda ilegal de ingressos e nega irregularidades.
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