13/04/2016 - 10:50

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MP vai aprofundar investigações em autos de resistência

jornal Extra

Criado no fim de dezembro passado pelo MP com foco na investigação de crimes cometidos por agentes da área da segurança, o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) anunciou que fará uma devassa nos casos de autos de resistência (mortes em confronto) sem solução registrados na área da 39ª DP (Pavuna) nos últimos 15 anos. A unidade é a que registra a maior quantidade de mortes cometidas por policiais em serviço no estado do Rio.
 
A iniciativa de montar uma força-tarefa formada por delegados e promotores foi discutida pelos integrantes do grupo com o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso. A estimativa do MP é de que 300 casos ainda estejam em aberto na delegacia. Desse total, 40 já estão com os promotores.
 
"Estamos lidando com um acervo enorme de casos. Vamos analisar cada um com as possibilidades que temos hoje. Muitos serão arquivados, por se tratarem de confrontos, claro. Mas naqueles que detectarmos indícios de execução, os agentes serão denunciados", explicou um dos subcoordenadores do Gaesp, Paulo Roberto Mello Cunha Junior.
 
O grupo também vai auxiliar investigações de casos de autos de resistência registrados em outras áreas do estado, desde que o promotor responsável por cada região requisite a atuação do Gaesp. Quando solicitado, o grupo também pode propor ações civis públicas, criminais, de improbidade e apurar enriquecimento ilícito dos agentes. Além de policiais civis e militares, também serão alvo do grupo servidores do sistema prisional.
 
"Nos presídios, vamos focar nos desvios de servidores, mas também no descumprimento da lei por parte dos internos. Nosso objetivo é ser interlocutor do poder público na área de segurança", afirma o subcoordenador do Gaesp, André Guilherme Freitas.
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