03/01/2017 - 11:21 | última atualização em 03/01/2017 - 11:19

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Morte de traficante abriu guerra de facções

jornal O Globo

O assassinato, de forma cinematográfica e com armas de guerra, em junho do ano passado, do narcotraficante brasileiro Jorge Rafaat Toumani, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, deflagrou uma guerra entre facções que controlam presídios e favelas no Brasil. O crime teria sido praticado por bandidos da facção paulista controlada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
 
Rafaat, que supostamente seria associado a uma facção carioca, foi morto com tiros que partiram de uma metralhadora calibre .50.
 
O Ministério Público estadual e policiais civis fluminenses, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), investigam a expansão da facção paulista no estado do Rio. Uma disputa por territórios, dentro e fora dos presídios, pôs fim à associação do grupo criminoso controlado por Marcola com traficantes dos complexos do Alemão e da Penha. Traficantes de São Paulo já estariam agindo na Rocinha, nos presídios do Rio e em pelo menos sete municípios fluminenses.
 
Segundo o "Mapa de ocupação por facção criminosa',' do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, os quatro presídios federais de segurança máxima têm presos associados a 25 diferentes grupos organizados. Juntas, uma facção que atua em São Paulo e outra do Rio respondem por 41% dos encarcerados, mas há nomes menos conhecidos, de associações ligadas a cárceres das regiões Norte, Nordeste e Sul.
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