Clara Passi A OAB Mulher outorgou a Medalha Myrthes Campos a quatro nomes que se destacaram na luta pelos direitos da mulher na advocacia. A solenidade ocorreu na noite de terça-feira, dia 26, na sede da Seccional. As quatro agraciadas nesta edição foram as integrantes do chamado Lobby do Batom, que atuou no processo de construção da Constituição Federal de 1988, Comba Marques Porto e Leila de Andrade Linhares Barsted; a primeira presidente da OAB Mulher, Joselice Aleluia Cerqueira de Jesus (post morten), e a presidente de honra da comissão, Rosa Maria de Souza Fonseca. A presidente da OAB Mulher, Marisa Gaudio, emocionou-se ao falar de Fonseca: “Tem uma doçura e, ao mesmo tempo, sabe nos defender. Se hoje temos batalhas, ontem foi ainda pior. Gaudio, então, anunciou uma “quebra de protocolo” e entregou a Rosa uma placa de homenagem. O presidente da Comissão de Prerrogativas, Luciano Bandeira, e o procurador-geral, Fábio Nogueira participaram da abertura do evento, que teve a presença da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) na plateia. Bandeira destacou a trajetória de Myrthes Campos, a primeira mulher a exercer a advocacia no Brasil. De 1924 até a sua aposentadoria, em 1944, exerceu o cargo de encarregada pela Jurisprudência do Tribunal de Apelação do Distrito Federal. “Myrthes foi proibida pelo Instituto dos Advogados do Brasil (IAB) de advogar por ser mulher. Este mesmo IAB é hoje presidido por uma mulher, Rita Cortês”, sublinhou o também tesoureiro da Seccional. “Ainda não atingimos a paridade, mas avançamos. Agora, temos que sentar, apoiar e aplaudir as advogadas”.