02/10/2018 - 11:51 | última atualização em 02/10/2018 - 12:11

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Má aplicação da Lei de Alienação Parental é abordada em debate

redação da Tribuna do Advogado

            Foto: Bruno Marins  |   Clique para ampliar
 
Clara Passi
A Ordem recebeu, na tarde desta segunda-feira, dia 1º, um debate público que jogou luz sobre áreas em que a atuação do Estado na proteção da criança com necessidades especiais e em situação de vulnerabilidade ainda se mostra ineficaz. O evento Políticas de drogas, epilepsia, inclusão, mediação e tratamentos - a real face de nossa sociedade foi realizado pela Comissão de Políticas de Drogas da OAB/RJ, representada pelo presidente, Wanderley Rebello, com apoio a Comissão de Cidadania da OAB/Barra da Tijuca. A presidente deste grupo, Leila Aguiar, foi mediadora do encontro, que tratou também das falhas na escuta da criança vítima de abuso sexual pelo Judiciário e a má aplicação da Lei da Alienação Parental.  O tema foi o assunto da psicanalista Ana Iancarelli, também membro da Comissão de Cidadania da Subseção da Barra da Tijuca.
 
“Conheço mães que perderam a guarda de seus filhos por terem denunciado o pai da criança por abuso sexual na Vara de Família. Isso ocorre porque o pai, diante disso, foi à Vara Criminal alegando que a mãe teria praticado alienação parental. Na prática, as crianças são entregues a pedófilos”, disse ela.

Fernando Luís Mattos da Matta, o DJ Marlboro, candidato a deputado estadual (DC), falou brevemente na abertura do encontro, colocando-se como aliado das causas defendidas pelas duas comissões.
 
Foto: Bruno de Marins |   Clique para ampliarA primeira a falar foi a doutora em educação matemática, professora da Uerj e membro da Comissão da Cidadania da OAB Barra da Tijuca, Gloria Ramos, que tratou das questões relativas ao acolhimento de crianças com necessidades especiais em escolas regulares.
 
O presidente da Abracannabis, Alexandre Meirellles, e o cientista e pesquisador em neurobiologia, João Menezes, falaram sobre o uso medicinal do canabidiol e sua regulamentação no país. O debate transcorreu com intervenções constantes dos inscritos.

“A sociedade está começando a falar mais abertamente sobre síndromes e necessidades especiais, mas ainda temos muitas batalhas a vencer. As mães não se sentem escutadas. Esta casa está aberta”, disse Leila Aguiar.
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