30/06/2016 - 11:00

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Liminar determina a retomada de cirurgias no Pedro Ernesto

jornal O Globo

Estado pagou ontem à unidade uma parcela de R$ 3 milhões, referente a maio, por meio de arresto
A Procuradoria Geral da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) obteve ontem uma liminar na Justiça determinando a retomada das cirurgias no Hospital Universitário Pedro Ernesto, paralisadas desde segunda-feira, devido à greve de funcionários. A unidade de saúde é ligada à instituição de ensino, que está com as atividades suspensas desde 7 de março. Segundo o diretor do hospital, Edmar Alves dos Santos, os trabalhos foram parcialmente retomados, mas, no setor de hemodinâmica, o funcionamento não deve voltar ao normal antes do fim de semana, pois faltam insumos. Mesmo após a compra, levará alguns dias para a entrega do material.
 
De acordo com Santos, os funcionários estavam indo ao hospital, apesar da greve e de estarem com os salários atrasados, mas integrantes do Comando de Greve da Uerj impediram a realização de cirurgias. A liminar determinou a retomada imediata dos serviços, sob pena de multa diária de R$ 50 mil para o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais.
 
"Impediram a entrada de pacientes no centro cirúrgico. Por isso entramos com o pedido de liminar. Vários pacientes com câncer e problema cardíaco tiveram que voltar para casa", lamentou Santos.
 
O Pedro Ernesto realiza, em média, 20 cirurgias por dia. A direção não soube informar quantas foram feitas após a liminar.
 
Ontem, a Justiça determinou o repasse de mais R$ 3 milhões para a unidade, referentes ao mês de maio. O valor foi arrestado diretamente das contas do estado. O governo ainda precisa depositar os R$ 7 milhões do mês de junho, até segunda-feira.
 
"Nosso orçamento é de R$ 7 milhões por mês. Até agora, foram repassados este ano apenas R$ 18 milhões. Mas nem estamos mais cobrando todo o valor", disse Santos.
 
Na hemodinâmica, a paralisação afeta até procedimentos por dia, calcula o chefe do setor, Esmeralci Ferreira. Segundo ele, o setor não está parado por greve, mas por falta de insumos como cateter e material para acessar vasos e artérias.
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