15/09/2017 - 15:42 | última atualização em 15/09/2017 - 15:47

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Infrações e acidentes de trânsito em discussão na OAB/RJ

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Lula Aparício   |   Clique para ampliar
Aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 15, a palestra Aspectos administrativos e judiciais nas infrações e acidentes de trânsito, realizada pela Comissão Especial de Acompanhamento e Estudo da Legislação do Trânsito da OAB/RJ.
 
Ao lado do presidente da comissão, Armando de Souza, o procurador-geral e coordenador das comissões temáticas da Ordem, Fábio Nogueira, ressaltou na abertura que apesar de o assunto “ter conotação jurídica”, trata-se de uma temática “que diz respeito a toda a sociedade civil”.
 
O deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), autor da Lei Seca (Lei 11.705/08), disse que o debate pode contribuir para melhorar a legislação. “Acho que o que se pretende de um bom código de trânsito é que ele tenha normas de reconhecimento internacional e que de fato preserve vidas. Apesar de ser uma  legislação moderna, sua aplicação efetiva, principalmente no que refere ao processo administrativo, ainda tem muito a amadurecer. Hoje impera um processo excessivamente condescendente, que tem a fase de notificação, depois a autuação. Cada fase com defesa e acaba isso se prorrogando para a efetiva punição, que, quando deve ser feita, acaba sendo diluída. Defendo os princípios constitucionais da ampla defesa, mas temos aqui uma amplíssima defesa”, criticou.
 
Para o coordenador da Operação Lei Seca no Rio de Janeiro, Ten. Cel. Marco Andrade, o objetivo da norma deve ser “preservar a nossa sociedade, os nossos cidadãos que circulam pelas avenidas, ruas e estradas”. “Matamos quase 50 mil brasileiros ao ano no trânsito. Nossas legislações e processos não podem perder esse foco. Dados da Organização Mundial de Saúde sinalizam que no mundo nós perdemos 1 milhão e 200 mil pessoas pelo mesmo motivo. Se continuarmos assim, a perspectiva é que até 2030 esse número dobre”, alertou.
 
O vice-prefeito do Rio de Janeiro, Fernando Mac Dowell, também participou do debate. “Estamos procurando fazer um sistema semafórico de inteligência na cidade. Verificamos também o problema de excesso de velocidade de acordo com a idade dos motoristas. Estamos desenvolvendo ainda um sistema de transporte marítimo”, disse ele, colocando a prefeitura à disposição para ouvir as demandas.
 
O presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva, falou sobre a história da instituição, e reforçou a cobrança sobre a aplicação das penalidades legais aos infratores. “Em maio deste ano o Estado de S. Paulo publicou que o resultado do impacto financeiro das mortes no trânsito chegou a 143 bilhões de reais. De forma geral, no Direito Penal não adianta só aumentar penas, tem que tornar efetiva a punição”, argumentou. A vice-presidente do IAB e presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB/RJ, Rita Cortez, também esteve presente no evento.
 
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