Eventos de direitos humanos mobilizam Seccional Da redação da Tribuna do Advogado 28/07/2009 - O Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, participou do encerramento da Conferência Livre dos Direitos Humanos dos Policiais, no plenário da Seccional, nesta sexta-feira, 24 de julho. Além disso, o político encontrou-se com familiares de vítimas da violência policial e fez parte da missa e caminhada em memória dos mortos na Chacina da Candelária, que completou seu 16º aniversário. Vannuchi compôs a mesa de encerramento da conferência que reuniu policiais e representantes do Viva Rio, Viva Comunidade, do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e da Secretaria Especial de Direitos Humanos, além da presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Margarida Pressburger."Agradeço empenho com que os policiais defendem a sociedade e espero que haja orgulho e respeito mútuo entre os dois entes", disse Margarida. Instantes antes, ele recebeu os pais de vítimas de violência policial, como os menino João Roberto Amorim Soares, morto aos três anos após o carro no qual estava com a mãe e o irmão ser alvejado na Tijuca, e dos jovens Daniel Duque, atingido por tiro disparado em confusão na porta de uma boate em Ipanema, e Oldemar Escola de Faria, morto com três tiros na porta de uma casa de shows em São Gonçalo. Às famílias, o ministro prometeu empenho em exigir mais Justiça e menos impunidade. "Temos que apostar no trabalho de inventar uma nova polícia, discutir com ela os direitos humanos, só assim casos assim não mais vão se repetir. Inclusive, vamos agendar reuniões com o ministro da Justiça e o presidente Lula", afirmou Vannuchi. Ato ecumênico na Candelária Na manhã da última sexta-feira, dia 24, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, e o advogado Carlos Nicodemos, presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedca), participaram da Missa de 16º aniversário da Chacina da Candelária, na própria igreja onde aconteceu a tragédia, no Centro do Rio. "Este dia marca a necessidade de não esquecermos uma página sombria da nossa história e agirmos para que algo assim não se repita", disse o presidente da Seccional. Já Nicodemos destacou o papel do Cedca e da OAB no fortalecimento da democracia e do Estado de Direito, "por meio de políticas públicas e ações culturais". O ato ecumênico foi celebrado pelo arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e teve a participação de representantes das religiões judaicas, evangélicas e afro-brasileiras. Juntos, eles fizeram preces pelas famílias das vítimas. O Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República também esteve presente ao evento.