07/11/2019 - 13:34 | última atualização em 07/11/2019 - 13:58

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Evento traz conhecimentos de outras áreas para profissionais colaborativos

Nádia Mendes

Como conhecimentos de outras áreas podem auxiliar na condução do processo colaborativo? Para indicar novas possibilidades para os profissionais, a Comissão Especial de Práticas Colaborativas (CEPC) da OABRJ realizou na quarta-feira, dia 6, um evento que, entre outros temas, abordou o storytelling e a tomada de decisão.

Segundo a presidente da comissão, Lívia Caetano, é um conteúdo pouco falado, mas que é de extrema importância não só para as práticas colaborativas, mas para qualquer atuação profissional que vai cuidar de pessoas. A secretária-geral da Comissão Especial de Práticas Colaborativas da OABRJ, Felicia Zuardi, foi a idealizadora do encontro

O diretor-geral de conteúdo e engajamento na Artplan, Luiz Telles, trouxe o primeiro assunto: storytelling, que nada mais é do que aplicar algumas técnicas à arte de contar histórias. Telles trouxe o conceito de Jornada do Herói, criado pelo antropólogo Joseph Campbell. "Ele observou um padrão de comportamento nas histórias que eram contadas por povos diversos, desde a Oceania até os nativos americanos, por exemplo", disse Telles. 

As narrativas, que tinham basicamente os mesmos elementos, foram reunidas no livro O Herói de Mil Faces. Grande parte das histórias de sucesso, como Star Wars, Harry Potter e Jogos Vorazes, utilizam o formato estabelecido por Campbell, chamado de Os doze passos da jornada do herói, são eles:

O herói vive uma vida monótona no mundo comum, até que recebe um chamado para aventura. Ele recusa o chamado, geralmente por medo. Depois disso, há um encontro com um mentor ou uma ajuda sobrenatural, que o prepara para a aventura. Em seguida, o herói abandona o mundo comum e entra no mundo especial ou mágico. O herói enfrenta, a partir dai, provações e inimigos e tem êxito durante as provações. Após vencer, ele enfrenta uma prova mais difícil e traumática, geralmente de vida ou morte. Ao vencer a morte, o herói ganha uma recompensa e deve voltar pra casa: o mundo comum. Para encerrar, o herói enfrenta outro teste, onde usa tudo que foi aprendido e retorna para casa para ajudar todos no mundo comum. 

Para Telles, o profissional de práticas colaborativas deve ter um cuidado especial ao contar histórias. "É uma coisa que mexe profundamente na vida das pessoas. A gente tem que ter consciência do poder das histórias e temos que ser parcimoniosos ao usar esse recurso, porque ele transforma", disse.

Também participaram do evento o professor da Unirio e PhD em Neurociências Lucas Medeiros e a psicóloga e coach de Saúde Mental em Práticas Colaborativas Renata Fonkert. Veja o encontro na íntegra no Canal da OABRJ no Youtube

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