01/08/2024 - 16:11 | última atualização em 01/08/2024 - 16:15

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Evento na Seccional celebra dez anos da criação da Comissão de Práticas Colaborativas, a primeira do sistema OAB

Biah Santiago



Um evento na Seccional marcou os dez anos da criação da Comissão Especial de Práticas Colaborativas (Cepc) da OABRJ, a primeira do sistema OAB.

Para assistir ao encontro na íntegra, acesse o canal da Seccional no YouTube. 

“A comissão realiza diversos eventos na Seccional, tem grupos de estudos desde o início. Fizemos congressos e produzimos coletâneas de artigos para provocar reflexão por meio da visão de profissionais de práticas colaborativas do Brasil inteiro”, disse a presidente da comissão, Livia Caetano.



Completaram a mesa o tesoureiro da OABRJ, Fábio Nogueira; a presidente da Caixa de Assistência da Advocacia do Rio de Janeiro (Caarj), Marisa Gaudio; e a advogada especializada em práticas colaborativas Olivia Fürst, a primeira a presidir a comissão da Seccional.

“Fui coordenador das comissões temáticas da Seccional por 15 anos, e essa minha experiência foi transformadora. É possível ver que aquilo que foi criado lá atrás gerou frutos e se expandiu para outras seccionais, que criaram comissão análoga a exemplo da OABRJ”, comentou Nogueira.

“As comissões são responsáveis por deixar esta casa viva, e, talvez, sejam a melhor forma de desenvolver o sentimento de pertencimento dos advogados e advogadas em relação à Ordem”.

Marisa destacou os primeiros caminhos trilhados pelo grupo, considerados por ela determinantes para a criação do colegiado na Seccional.


“Os primeiros passos da comissão foram dados em um grupo de estudo e capacitação sobre práticas colaborativas para advogados e advogadas. No início, havia dificuldades para a advocacia entender para que serviam as práticas colaborativas, já que muitos que faziam litígio não entendiam a proposta. Exatamente por isso a criação do grupo na época, um pioneirismo no sistema OAB, foi importante para apresentar outros rumos e alternativas sem o uso da litigância”, ponderou a presidente da Caarj.



Para Olivia, embora muitos não entendam os benefícios das práticas colaborativas, as ações direcionadas a essa modalidade ampliam a possibilidade de acordos com benefícios mútuos. 

“A falta de compreensão por um outro colega é o que gera resistência. Quando atuamos com paciência, como agentes de transformação cultural, social e paradigmática, indo na direção dessas resistências e com uma postura efetivamente colaborativa, conseguimos transformar essas relações”, refletiu a advogada.

“Não há dúvidas de que surgirão muitos desafios nos próximos dez anos, por exemplo: entender como essa advocacia está se estabelecendo. Devemos pensar em projetos que incluam as práticas colaborativas nas graduações e nos concursos, o que trará protagonismo para o advogado (a) e valorização à profissão”.

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