Na manhã de quinta-feira, dia 14, a OABRJ realizou a exibição do filme "Nuremberg", do cineasta russo Nikolai Lebedev e promoveu um debate sobre a participação soviética na Segunda Guerra Mundial. O evento, promovido pela Comissão de Direito Constitucional da OABRJ e pelo Consulado-Geral da Federação da Rússia no Rio de Janeiro contou, ainda, com a exposição fotográfica "Os julgamentos de Nuremberg: um olhar a partir de Moscou". "É uma enorme felicidade para a OABRJ receber o cônsul-geral da Rússia, Andrei Petrov", afirmou o presidente da OABRJ, Luciano Bandeira. "Conversamos muito sobre essa construção da advocacia do Rio de Janeiro com a Federação Russa, e sobre a necessidade de estreitarmos laços para que possamos aproveitar a cultura russa. Tenho certeza de que a vasta maioria aqui teve sua formação baseada nos grandes autores russos e cabe à Ordem fomentar o espírito de irmandade entre nossas nações". Compuseram a mesa ao lado de Luciano e Petrov, a presidente da comissão, Vânia Aieta, e o advogado Paulo Horn, membro da comissão. "O Tribunal de Nuremberg foi criado ao fim da Segunda Guerra Mundial e nós sempre tivemos uma visão muito ocidentalizada a seu respeito", afirmou Vânia Aieta. "Temos hoje aqui uma grande oportunidade de nos debruçarmos sobre outro viés, o da participação da delegação soviética no tribunal, que muitas pessoas não conhecem. Temos projetos para realizar convênios entre a Federação Russa e algumas universidades brasileiras para que façamos um congraçamento acadêmico, e gostaria de parabenizar todos os envolvidos por essa iniciativa". O cônsul russo destacou a importância de obras que apresentem a participação soviética no conflito da Segunda Guerra Mundial. "Esse longa-metragem não é um documentário, mas é muito impactante, não apenas para o povo russo, mas para todo o mundo", afirmou Petrov. "Lamentavelmente, no Hemisfério Ocidental ainda temos a visão de que tudo foi feito pelos aliados norte-americanos, e nos esquecemos de tudo o que foi feito pelos soldados soviéticos. Por isso, é tão importante para nós explicar nossa visão e mostrar que somente com a insistência da União Soviética foi possível realizar o Julgamento de Nuremberg".