25/01/2024 - 18:02

COMPARTILHE

Evento na OABRJ debate alterações na Receita Federal

Encontro promovido pela Comissão de Direito Aduaneiro discutiu atuação de órgãos julgadores

Felipe Benjamin



Realizado pela Comissão de Direito Aduaneiro da OABRJ, o evento "O novo contencioso administrativo de perdimento na Receita Federal do Brasil" levou ao Plenário Evandro Lins e Silva, na sede da Seccional, um importante debate sobre as alterações nos julgamentos administrativos e nas aplicações de penas de perdimento, na tarde de quarta-feira, dia 25. 


"Essa comissão é muito aberta ao diálogo, e ciente da importância da troca de opiniões, e sempre contamos com a importante presença da Receita Federal em nossos eventos", afirmou a presidente da comissão, Jeniffer Pires. "Nem sempre concordamos em 100% em todas as questões, mas essa é uma ótima oportunidade para apresentarmos nossos pontos de vista e opiniões, e discutirmos questões que acreditamos que possam ser aprimoradas".



Completaram a mesa do evento o vice-presidente da comissão, Eduardo Kiralyhegy; os integrantes da comissão Ilana Benjó e Rafael Augusto; a auditora da Receita Federal do Brasil e chefe do Centro de Julgamento de Penalidades Aduaneiras (Cejul), Andréa Duek Simantobe, e o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Sérgio André Rocha.

"Antes, a mesma autoridade lançava e julgava e isso perdurou por muitas décadas", afirmou a auditora da Receita Federal do Brasil e chefe do Centro de Julgamento de Penalidades Aduaneiras (Cejul), Andréa Duek Simantob. "Era necessário mudar e acho que todos devemos torcer para que esse modelo administrativo dê certo. Não tínhamos nem como fazer um estudo comparativo dos processos e da jurisprudência. Cada unidade fazia do seu jeito e não tínhamos dados nacionais".

Falando sobre a atuação dos órgãos de revisão, o professor Sérgio André destacou os empecilhos que se apresentam durante os processos administrativos.


"Há uma expectativa que é colocada sobre o órgão administrativo de revisão que, não raro, é a última fronteira antes de um debate técnico mais qualificado, e, com isso, passa-se a demandar desses órgãos algo que não é parte de seu perfil administrativo", afirmou Sérgio André.



"Defendo há muito tempo que esses órgãos são órgãos de revisão de legalidade, e isso faz com que os processos administrativos tenham certas limitações no que se refere a essas expectativas. Apesar das muitas reformas, acho que não encontramos o problema. O processo administrativo tem que estar pautado pelo princípio da coerência".

Abrir WhatsApp