25/07/2024 - 16:40 | última atualização em 25/07/2024 - 17:30

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'E eu, também sou uma mulher?': no Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, OABRJ fala do combate à discriminação

Mariana Reduzino


Para marcar o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, nesta quinta-feira, dia 25, a OAB Mulher RJ e a Comissão de Estudos sobre Discriminação Interseccional da OABRJ realizaram um evento cujo título: “E eu, também sou uma mulher?” provocou reflexão sobre os obstáculos impostos pelo racismo e pelo machismo, com palestras com temas como a saúde psíquica da mulher negra.

Assista à transmissão do evento no canal da Seccional no Youtube.

Na mesa de abertura estiveram a vice-presidente e a secretária adjunta da OABRJ, respectivamente Ana Tereza Basilio e Mônica Alexandre; a presidente da OAB Mulher RJ, Flávia Ribeiro, a desembargadora aposentada e diretora de Igualdade Racial, Ivone Ferreira Caetano; a vice-presidente da OAB/Madureira e Jacarepaguá e presidente da OAB Mulher local, Daniele Marçal; a vice-presidente da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (Cevenb), Alessandra Santos; a representante da Comissão de Estudos sobre Discriminação Interseccional da OABRJ Bárbara Ewers e a palestrante, psicanalista e pesquisadora de raça e gênero Roberta Ribeiro. 

“É uma honra estar entre estas mulheres no dia de hoje. Um dos nossos princípios fundamentais é a defesa dos direitos da igualdade, e nós estamos aqui hoje para fortalecer o compromisso da OABRJ com o combate ao racismo e à desigualdade de gênero”, disse Basilio.

A secretária adjunta da OABRJ, primeira mulher negra a ocupar um posto na Diretoria da entidade, rendeu homenagem a duas mulheres pretas importantíssimas para o Direito e a sociedade de forma geral: Esperança Garcia, considerada a primeira mulher advogada do país, e Tereza de Benguela, líder quilombola no século XIX. 

“Dentro do contexto que vivemos, não podemos permitir que a sociedade reduza mulheres negras somente a corpos. Nós, advogadas negras, enfrentamos inúmeros desafios na caminhada, mas, com inspiração em mulheres como Esperança Garcia, seguimos firmes em nossa caminhada, com a certeza de que nossa luta é justa e muito necessária. A advocacia negra carrega consigo um legado de resistência e resiliência que não pode ser esquecido. Trabalhamos em função de um futuro em que todas as pessoas independentemente de sua cor, tenham acesso às oportunidades e à Justiça”, declarou Mônica. 

Ribeiro destacou que os avanços são inegáveis no que diz respeito à vida e à representatividade da mulher negra na sociedade, mas há a necessidade expressa de mais evolução e quebra de paradigmas. 

“A classe que mais sofre violência em todos os âmbitos da sociedade somos nós, direta e indiretamente. Hoje estamos aqui para discutir este tema tão importante porque, ainda hoje, todas as mulheres negras são atravessadas por violência. O objetivo é discutir essa temática para avançar rumo a uma sociedade que respeite todos e todas da mesma forma”, enfatizou a presidente da OAB Mulher RJ. 

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