Fruto de uma parceria entre a Escola Superior de Advocacia (ESA) e a Comissão de Mentoria Jurídica da OABRJ, a oficina "Formação básica para advogados (as) que desejam fazer mestrado" levou ao Plenário José Ribeiro de Castro Filho, na sede da ESA, uma aula do professor e secretário-geral da OAB/Niterói, Carlos Alberto Lima de Almeida, nesta quarta-feira, dia 15. A ideia é dar ferramentas a quem almeja ingressar em cursos de pós-graduação. "Mestrado e doutorado são muito importantes para o aprimoramento profissional dos advogados e, portanto, essa aula é de grande utilidade", afirmou a vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio. "Esta é a segunda edição desse curso, e a primeira teve um número muito expressivo de inscritos. Entendemos que uma das principais missões da OABRJ é a capacitação da advocacia com cursos gratuitos e de qualidade, passando conhecimento que eleva o currículo da advocacia, para fortalecê-la e valorizá-la". Em seu pronunciamento, a vice-presidente da OABRJ também destacou a realização de treinamentos online diários pela Comissão de Mentoria e o lançamento dos treinamentos em prerrogativas da advocacia, Direito público, e Direito antidiscriminatório, matéria que merecerá, ainda este mês, a criação de uma comissão temática pela OABRJ. Ao lado de Basilio e Almeida estiveram o diretor da ESA, João Quinelato; a presidente da Comissão de Mentoria Jurídica, Thaís Fontes, e a diretora administrativa do Instituto Juristas Negras, Eliane Pereira. "O objetivo do curso preparatório é apresentar ao advogado e aluno os caminhos para o ingresso em cursos de mestrado e doutorado", afirmou Quinelato. "Temos um treinamento permanente desses temas para tratar da missão principal da ESA, que é a formação da advocacia sobretudo nos programas de pós-graduação stricto sensu. O mestrado e o doutorado mudam a vida de seus alunos, como mudaram a minha. Nunca pensei em ser professor. O que me fez professor foram meus professores no mestrado e no doutorado, foi uma consequência natural. Muitas vezes, pensamos que a cátedra e a academia são objetivos distantes, quase inatingíveis. Esses temores, que muitos provavelmente têm hoje, eu também tive, mas o aprofundamento verdadeiro tem que ser inerente à nossa carreira, e altera a qualidade da nossa advocacia". O evento contou com o apoio do Instituto Juristas Negras, da startup Realize Estratégias Inclusivas e do Coletivo Direito Popular. Em seu pronunciamento aos alunos, Almeida destacou a importância de se manter os vícios da profissão distantes dos objetivos da pesquisa acadêmica. "O ponto de partida é que vocês não deixem de sonhar, nem de acreditar no potencial de vocês, e também se lembrem de deixar o paletó do advogado na cadeira: aqui vocês são pesquisadores em formação", afirmou o professor. "Temos que desconstruir esse ser formado para o contencioso e para as defesas de teses. Na área do Direito, somos treinados a defender nossas verdades e falar daquilo que sabemos, mas, quando falamos em pesquisa, falamos sobre a busca de uma resposta para algo que não sabemos. E entender essas questões é algo fundamental para a experiência no campo acadêmico".