06/12/2018 - 18:53 | última atualização em 06/12/2018 - 19:42

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Encontro celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

redação da Tribuna do Advogado

           Foto: Bruno Marins  |   Clique para ampliar
 
Vitor Fraga
Nesta quarta-feira, dia 5, foi realizado o Encontro do Conselho Estadual e Conselhos Municipais de Direitos das Pessoas com Deficiências, em comemoração pelo Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – que é celebrado em 3 de dezembro. A data foi instituída, em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de levantar reflexões sobre a condição social e os direitos das pessoas com deficiência.
 
O evento, que aconteceu no Plenário Evandro Lins e Silva, foi uma iniciativa do Conselho Estadual para Política de Integração da Pessoa com Deficiência (CEPDE/RJ), e teve o apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ (CDPD). A atividade teve início com a exibição do filme Um dia especial, que aborda a rotina de quem cuida de pessoas com deficiência.
 
A presidente do CEPDE, Edicléa Mascarenhas, lembrou que a celebração é também “um grande dia de luta”. “São milhões de pessoas que diariamente precisam se adaptar aos desafios de viver em cidades nada acessíveis, e à falta de políticas públicas de inclusão. Apenas no estado do Rio de Janeiro há 4 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Não é um número pequeno. Quais as reivindicações, quais as necessidades, quais os clamores? Respondidas essas perguntas, podemos montar uma estratégia”, disse ela ao abrir o evento.
 
O presidente da CDPD, Luís Cláudio Freitas, também compôs a mesa de abertura. “A busca da nossa comissão é trazer o tema das pessoas com deficiência na perspectiva da inclusão, dos direitos humanos. Se nos colocarmos no lugar do outro, fica bem mais fácil entender que existe diversidade nas características humanas. A OAB/RJ não poderia se furtar em dar sua contribuição, ao longo desses dez anos em que atuamos”, lembrou Freitas. A CDPD foi criada em março de 2008.
 
Escritor e fotógrafo, Nicolas Brito Sales, que é autista e escreveu o livro Tudo o que eu posso ser, foi um dos palestrantes, e falou sobre sua experiência de vida. “Não gosto muito de me relacionar com a sociedade, que tem muita gente, mas sei que isso é necessário. Já consigo sair na rua com meus pais, que me incentivam bastante. Não saía de casa de jeito nenhum, tinha medo de rojões e de crianças. Não falava nem conversava, não tinha amigos, vivia isolado sem me socializar. Hoje eu viajo, dou palestras. Como fotógrafo, trabalho às vezes em festas de crianças, e não me incomodo mais”.
 
Além das mesas de debate, houve lançamento de livros e momentos culturais preparados pelos conselhos. As reuniões trataram de questões como o levantamento de proposições para a equipe de transição do governador eleito, avaliações sobre a atuação do CEPDE em 2018, perspectivas para o órgão no próximo ano e palestra sobre reforço e implantação de conselhos municipais.
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