22/11/2018 - 13:09 | última atualização em 23/11/2018 - 14:27

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Eleições da Ordem têm 59% de comparecimento. Veja balanço

redação da Tribuna do Advogado

Clara Passi
 
No pleito desta quarta-feira, dia 21, a advocacia fluminense depositou nas 277 urnas dispostas nas 25 seções eleitorais da Seccional e nos 71 endereços espalhados pelas 63 subseções suas expectativas para o próximo triênio da OAB/RJ.
 
Escolheram os nomes que gostariam de ver no Conselho Seccional, na diretoria da Caarj e os que representarão o Rio de Janeiro no Conselho Federal da Ordem, além dos presidentes das subseções e seus conselhos, onde há. Na Seccional, Luciano Bandeira (candidato da Chapa 1- OAB Forte e Unida) foi eleito presidente, com 55,2% dos votos válidos. Veja o resultado completo aqui.
 
Dos 102.363 advogados aptos a votar em todo o estado, 60.419 compareceram aos locais de votação (59% do total). O percentual de abstenção foi de 41%, ante os 36% registrados no pleito de 2015. Entre os votos para os candidatos para presidência da Seccional em todo o estado, foram registrados 2.49% de votos brancos e 4.57% de nulos. 
 
De acordo com a superintendência da Seccional, os índices ficaram dentro do esperado. “O aumento no número de abstenções pode ser atribuído também à sequência de feriados (Proclamação da República e Dia da Consciência Negra)”, afirma Adolfo Mathias.
 
Tão diverso quanto o perfil da advocacia que saiu de casa para votar foram as razões que motivaram a escolha dos postulantes. Nas discretas filas que se formaram na seção da Associação Comercial do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, onde votou o candidato Vitor Marcelo Rodrigues (Chapa 5 – Por Uma OAB Atuante) e o governador eleito Wilson Witzel, estiveram também o especialista em Direito do Consumidor Túlio Trotta, de 35 anos, que votava pela segunda vez na carreira, e decanos como o civilista Walter Braun, de 81 anos, que se gabava de ter perdido apenas um pleito em meio século de atividade. “Preferi votar na velha guarda, em cujo trabalho e honestidade eu acredito”, afirmou ele, dizendo-se esperançoso.
 
Já Trotta foi movido por causas mais concretas, como a insatisfação com o plano odontológico oferecido pela Ordem e a assistência prestada na sala do Fórum. "Gostaria que a anuidade se revertesse em mais benefícios e que houvesse cada vez mais firmeza na defesa das prerrogativas profissionais, para que o caso da advogada algemada em Duque de Caxias não se repita”, afirmou.
 
Sarita Henriques, de 55 anos, votou com desânimo. “Foi um voto de protesto. São 26 anos de trabalho. Estou cansada, com vontade de parar de advogar. Vejo despachos absurdos no judiciário e um desrespeito total às prerrogativas”, lamentou.   
 
A tranquilidade e o curto tempo de espera para votar foram constantes nos pontos de votação, mas houve parcas exceções. Na seção do Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica, em Cascadura, por exemplo, onde votou o candidato Roque Z (Chapa 2 – Lava Jato), o início da votação foi atrasado em cerca de 40 minutos por causa de divergências entre os fiscais.
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