14/12/2022 - 14:03 | última atualização em 14/12/2022 - 18:36

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Debate sobre memória, verdade e anistia histórica pauta evento na OABRJ

Ex-presidente da OABRJ, Wadih Damous recebeu homenagem em favor da democracia no país

Biah Santiago


A Comissão de Justiça de Transição e Memória (CJTM) da OABRJ realizou nesta quarta-feira, dia 14, no Plenário Carlos Maurício Martins Rodrigues, evento sobre a importância do resgate da memória e as polêmicas acerca da anistia de crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura militar no Brasil. O intuito do grupo é o de fomentar o debate não só na classe, mas também na sociedade. Na ocasião, o presidente da CJTM, Jorge Folena, relembrou as recentes tentativas de apagamento promovidas pelo governo, tema, inclusive, de nota oficial emitida pela comissão. O encontro também foi marcado pela condecoração do ex-presidente da OABRJ Wadih Damous como presidente de honra do grupo.

Em sua fala, o presidente da Seccional, Luciano Bandeira, destacou o compromisso da OABRJ na vanguarda democrática do país. De acordo com ele, a Ordem “sempre será fiel aos princípios da liberdade e da democracia”.

Jorge Folena ressaltou que é preciso aprofundar o debate de apagamento da história diante do atual cenário.

“Este tema é sensível e caro a todos nós e precisa ser aprofundado, principalmente agora, diante de toda problemática que vivemos”, analisou Folena. “O debate sobre justiça de transição e memória ganhou força no Brasil justamente através da OABRJ. A omissão do país, sem dúvidas, possibilita que tantos fantasmas do passado ainda se mantenham vivos, incitando crimes, desordem e destruição. Não podemos permitir práticas ditatoriais e de tortura, que visam desestabilizar o Estado democrático de Direito e manter a impunidade”.

Em agradecimento à sua nomeação, Wadih Damous comentou sua trajetória na advocacia e na luta pela preservação da democracia.

“Me sinto honrado em receber esse reconhecimento pela memória de nosso país e enfatizo que atuarei firmemente na reconstrução da democracia”, declarou Damous. 


“O caminho é longo e tem suas imperfeições, mas já era hora de termos um ajuste de contas com o nosso passado ditatorial. Esta comissão também tem como tarefa encarar o presente para resolver o legado da ditadura”.



Entre as exposições, a plateia participou ativamente da discussão com questionamentos e relatos históricos a respeito do tema.

Também compuseram a mesa do encontro a vice-presidente da Ordem, Ana Tereza Basilio; a secretária-adjunta da Seccional, Mônica Alexandre. 

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