29/11/2017 - 15:51 | última atualização em 29/11/2017 - 16:22

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Conferência sedia 1º Encontro Nacional do Movimento Mais Mulheres

redação da Tribuna do Advogado

                Foto: Divulgação  |   Clique para ampliar
 
 
Renata Loback e Conselho Federal
Na tarde desta terça-feira, dia 28, foi realizado, durante a XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, no Evento Especial 24, o 1º Encontro Nacional do Movimento Mais Mulheres na OAB. A ação foi coordenada por Eduarda Mourão, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA).
 
Após a abertura oficial pela Diretoria da CNMA, Eduarda disse se sentir honrada em conduzir os trabalhos da comissão por uma causa tão nobre.  “Nós temos que querer sempre mais, mesmo. Afinal, somos mulheres e profissionais da advocacia, nós queremos ver o Brasil abraçando essa bandeira. Já conseguimos muitas conquistas, mas precisamos de mais e contamos com vocês”, afirmou a advogada.
 
“Temos que mostrar nossa cara. Se nós nos unirmos para implementar este plano muitas conquistas serão feitas. Precisamos colocar em prática a igualdade que tanto falamos”, completou Eduarda.
 
O presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia,  esteve no encontro e enfatizou o esforço pela inclusão de mais mulheres na OAB desde o início de sua gestão. “A OAB precisa da força das mulheres, vocês são efetivamente guerreiras, e o Brasil preciso disso em todas as áreas, neste momento. Reitero meu compromisso com esta causa e digo que as mulheres quebraram mais um paradigma”, disse.
 
A presidente da OAB de Alagoas, Fernanda Marinela, definiu o papel da mulher advogada e falou sobre a efetivação de direitos e cotas femininas: “Nós mulheres advogadas que temos conhecimento da lei, dos nossos direitos, temos ainda mais responsabilidades que as demais mulheres brasileiras. Precisamos estar à frente dessa batalha, não é uma tarefa fácil, mas já vencemos bastante nessa trajetória. Ainda há muito que ser melhorado, mas, agora, é a hora de caminharmos unidas e mostrar que nós mulheres sabemos fazer política, que temos conhecimento, habilidade, sabedoria e estrutura para tomada de decisão quando necessário.” 
 
Presidente da Comissão OAB Mulher, Marisa Gaudio ressaltou, em sua fala, a importância de dar visibilidade ao trabalho de mulheres. "Precisamos ocupar espaços não apenas por sermos mulheres, mas, principalmente, por estarmos capacitadas para tal", destacou.
 
A união foi outro ponto assinalado por Marisa: "Apesar de divergências de pensamento, na condução do nosso trabalho precisamos apoiar umas às outras. Juntas nossa voz se faz mais forte. O Rio de Janeiro têm se empenhado em dar visibilidade ao trabalho de mulheres. Nossa comissão é composta por companheiras que desenvolvem trabalhos fortes em diversos setores e instituições e fazemos questão de destacar isso. Que todas tenhamos voz e visibilidade dentro  do sistema OAB e nos demais setores da sociedade".
 
Foto: Divulgação |   Clique para ampliar
Presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz também participou do encontro e salientou a importância de ouvir mulheres em todas as discussões. Segundo ele, esta é uma ótima forma de dar espaço a opiniões diferentes, aumentando o pluralismo também nas decisões da Ordem.
 
Felipe enalteceu o trabalho desenvolvido pela comissão OAB Mulher da Seccional fluminense:  "Desde a época de Rosa Fonseca e agora sob o comando de Marisa Gaudio temos uma OAB Mulher muito ativa. Destaco, além da qualidade e da relevância do trabalho desenvolvido por este grupo, a visibilidade dada ao trabalho em conjunto. É um trabalho feito em equipe e esta equipe fica mais forte a cada nova atividade promovida pela comissão".
 
Luciana Nepomuceno, conselheira federal por Minas Gerais, falou sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres e o preconceito de gênero na política.“Vivemos em um mundo predominantemente masculino, isso se reflete, principalmente, no mercado de trabalho, em que mulheres podem exercer as mesmas profissões, mas ganham salário melhor”, disse.
 
Estefânia Viveiros, primeira mulher a presidir uma seccional da OAB (no Distrito Federal), afirmou que é preciso “lutar muito, principalmente pelos direitos trabalhistas”. “Crescemos na OAB, mas precisamos mais e, para isso é necessário a movimentação de todas e articulação política. Advogadas unidas, OAB fortalecida”, disse.
 
A presidente da Comissão da Mulher Advogada de São Paulo, Kátia Boulos, destacou a importância da causa como exemplo para outras mulheres. “Mulheres empoderadas dão voz aquelas que ainda vão se empoderar. Ainda vamos engrandecer muito este movimento, que tem o objetivo de unir mulheres advogadas.”
 
Já a vice-presidente da CNMA, Helena Delamonica, destacou a representatividade, o trabalho de todas as mulheres e convidou as colegas para dar o depoimento sobre as ações exitosas das comissões da mulher advogada das seccionais e as presidentes das comissões da mulher advogada.
 
O encontro foi encerrado com a apresentação do vídeo Mais mulheres na OAB e muita euforia pelo público presente com a assinatura do termo Por mais mulheres na OAB, um documento histórico para a advocacia feminina.
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