09/04/2015 - 11:09 | última atualização em 10/04/2015 - 17:52

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Condições precárias do Degase, em Campos, são divulgadas pela OAB local

site G1 e redação da Tribuna do Advogado

A Comissão dos Direitos Humanos da OAB/Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, apresentou à imprensa um relatório sobre as condições do Centro de Sócioeducação Marlene Henrique Alves, o Degase. O documento, divulgado nesta quarta-feira, dia 8, é resultado de depoimentos de internos e funcionários colhidos pela subseção durante duas semanas e vai ser enviado ao Governo do Estado e Ministério Público do Rio de Janeiro.
 
Segundo o relatório, diversos problemas foram encontrados no instituição. Um deles são os veículos usados no transporte dos menores, que teriam pneus completamente desgastados, o que pode provocar acidentes. Outros problemas seriam falta de água, de energia e precariedade nos alojamentos.
 
"Pontuamos várias pendências e coisas que têm que ser realizadas lá. [...] Eles ficam totalmente às escuras à noite, trazendo um risco muito grande para toda unidade, haja vista que ela fica na estrada que vai para São Fidélis, totalmente deserta e afastada do Centro da cidade", explicou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Campos, Luiz Celso Alves.
 
A comissão também denunciou a superlotação dos alojamentos. Segundo o relatório, na época da visita, o Degase tinha 150 internos, que seriam 70 a mais do que a capacidade e, além de apertados, os alojamentos também estariam sujos. De acordo com Alves, doenças de pele estariam sendo causadas pelas condições de limpeza.
 
Segundo o presidente da Subseção de Campos, Carlos Fernando Monteiro, uma acusação que chamou a atenção foi sobre abuso sexual dentro da Centro de Sócioeducação. "Tomamos ciência e fomos lá apurar. Sabemos que os funcionários do plantão daquele dia foram afastados e vão responder a um procedimento para que se apure a verdade dos fatos", finalizou Monteiro, enfatizando que a entidade vai continuar na busca por soluções desses problemas.
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