Integrantes da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da OAB/RJ reuniram-se nesta quinta –feira, dia 21, e em decisão unânime resolveram reivindicar que as empresas concorrentes ao projeto de privatização do Zoológico do Rio apresentem o novo modelo de gestão para apreciação, com cronograma de obras e outras especificações. Para Reynaldo Velloso, presidente da comissão, é fundamental a discussão do projeto: "Conversei com os coordenadores das subcomissões da CPDA de animais silvestres, marinhos e exóticos e acertamos esta solicitação. Queremos participar com sugestões, pois não podemos perder este momento único de mudarmos o modelo atrasado do zoológico. A ideia de entretenimento e educação não são levadas a sério", finalizou. Velloso explica, que na savana um grande felino tem cerca de 300 km² para percorrer. Nas jaulas o espaço não passa de 80m², o que ele considera uma crueldade. “Existem os bioparks, como o Parque Animal de San Diego, na Califórnia. São lugares enormes onde os animais ficam soltos e as visitas são restritas. Podemos pensar em um modelo semelhante”, disse. Reconhecendo que os animais aprisionados há muitos anos não podem retornar aos seus habitats por questões de adaptações, a Comissão quer que o novo modelo só aceite animais para reabilitação e reintrodução na natureza ou, ainda, aqueles não passíveis de reintrodução como os feridos gravemente, os mutilados, os retirados de circos e de instalações domésticas e outras inapropriadas. A Comissão pretende também, após conhecer o projeto, convocar uma audiência pública para discuti-lo com a sociedade.