A OABRJ promoveu, por meio das Comissões OAB Mulher e Coaching Jurídico, uma palestra sobre educação financeira para mulheres nesta quarta-feira, dia 11, na sede da Seccional. O encontro fez parte dos eventos que a Ordem está realizando para ampliar a discussão sobre a equidade de gênero no mês no qual se comemorou o Dia Internacional da Mulher. A coach financeiro Renata Beranger foi a convidada para orientar as participantes. Na palestra, foram abordas questões como a importância da educação financeira na vida das mulheres, os passos para alcançar a autonomia e como investir. A interferência do emocional na vida financeira também foi pauta do encontro. A coach financeiro, ao falar sobre a importância da promoção de eventos como este, afirmou que orientar mulheres sobre como administrar suas economias também pode ser entendido como uma ferramenta de combate à desigualdade entre os gêneros. “A importância é mostrar que as mulheres podem sim ter sua independência financeira, e que isso parte delas. Elas não precisam de outras pessoas, elas mesmas podem ter sua autonomia” ressaltou. A presidente da Comissão de Coaching Jurídico, Raquel Castro, afirmou que há uma disparidade entre a educação financeira que os homens e as mulheres recebem. Segundo ela, os papéis de gênero foram determinantes para que isso acontecesse. “Não há nenhum dado concreto e científico, mas a gente sabe que tem uma diferença na própria educação que o homem recebe como o provedor da casa. Ele já é criado com uma educação de que ele tem que trabalhar e sustentar. Hoje, nós temos uma nova realidade. As mulheres cada vez mais saem para o mercado de trabalho, buscando mais espaço. Acho que educação financeira se torna fundamental. ”, disse Ao relembrar que ainda hoje muitas mulheres são vítimas de relacionamentos abusivos, a presidente da Comissão OAB Mulher,Rebeca Servaes, defendeu que a administração da vida econômica, pode ser uma porta de saída para muitas delas. “Eu acredito que a educação financeira traz muita autonomia e independência para mulher. Muitas sofrem violências patrimoniais e não conseguem sair de um relacionamento abusivo por conta da dependência financeira, então é importante que elas tenham consciência dessas questões. É importante para que elas consigam tocar suas vidas sozinhas, consigam uma independência e saiam de situações prejudiciais”, afirmou.