20/07/2018 - 15:16 | última atualização em 20/07/2018 - 16:55

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Comissão promove debate sobre cópia na produção de moda

redação da Tribuna do Advogado

           Foto: Bruno Marins  |   Clique para ampliar
 
Nádia Mendes
A jornalista Cristina Seixas esteve na OAB/RJ nesta quinta-feira, dia 19, para uma aula sobre a questão da cópia e da interpretação na produção de moda na década de 1950. O evento faz parte de uma série de aulas únicas promovidas pela Comissão de Direito da Moda (CDMD) da OAB/RJ. "O que a Cristina traz é uma visão de como as coisas eram lá atrás, como tudo começou quando não tinha internet", disse, na abertura do encontro, a presidente da CDMD, Deborah Portilho.
 
Seixas escreveu o livro Casa Canadá – a questão da cópia e da interpretação na produção de moda da década de 1950, resultado de sua dissertação de mestrado. A Casa Canadá, fundada em 1928, era uma boutique no Rio de Janeiro que se apropriava de referências europeias, principalmente francesas, e vestia mulheres como a primeira-dama Sarah Kubitschek, que usou uma destas criações na inauguração de Brasília. 
 
Seixas afirma que se questiona se a cópia é, realmente, um desmerecimento. "Será que a cópia não pode significar um passo a mais?", observou. Ela explica que procurou o que alguns filósofos e historiadores falavam sobre a cópia. "Para Adorno, por exemplo, copiar era massificar e desmerecer as obras de arte. Já para Walter Benjamin, a cópia era forma de democratizar a arte", explicou.
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