O procurador da Comissão de Prerrogativas Ramon Teixeira esteve na Secretaria Estadual de Fazenda do Rio de Janeiro (Sefaz) na manhã desta quarta-feira, dia 27, para ouvir as reclamações sobre as grandes filas de espera na unidade. Na ocasião, a equipe de reportagem da Tribuna do Advogado esteve no local e constatou que as senhas para atendimento ao longo do dia começaram a ser entregues às 10h, estando esgotadas quarenta minutos depois. Além disso, o órgão está em greve e funcionando com capacidade reduzida. Para piorar o cenário, a rua passa por obras para a instalação do VLT, as calçadas são irregulares e não há um local adequado para a espera, que chega a mais de duas horas. O colega Simas Mesquita chegou às 9h e se deparou com mais de 160 pessoas aguardando para receber a senha de atendimento. “É insustentável manter a situação assim. Não há uma fila preferencial para pessoas idosas. As senhas são dadas por processo, e não por pessoa, o que limita ainda mais a quantidade de atendimentos. As prerrogativas dos advogados não estão sendo respeitadas”, reclamou. Ele organizou um abaixo-assinado e entregou para a Comissão de Prerrogativas, que já havia oficiado há duas semanas à secretaria a respeito da falta de estrutura na unidade. Ele elogiou a atitude do do advogado ao chamar a Ordem para representá-lo. “A interlocução da Ordem, institucionalmente, se faz importante nesses casos. Precisamos que os colegas entrem em contato com a comissão para que nós possamos agir em todas as frentes”, disse, reforçando que ainda não recebeu retorno da Sefaz em relação ao ofício. Outra advogada presente, Vânia Ramalho chegou às 8h da manhã e recebeu a última senha, de número 100. No dia anterior, ela chegou às 9h15 e não conseguiu atendimento. “Preciso apenas verificar se existe alguma exigência no meu processo”, disse. Ela ressaltou que a espera é sempre do lado de fora da unidade e que a região não tem muito movimento. O posto de atendimento da Sefaz foi transferido na segunda-feira, dia 25, para a Rua da Constituição, no Centro, mas os problemas vêm desde antes, quando o atendimento era feito na Rua Buenos Aires, no mesmo bairro.