09/08/2022 - 17:58 | última atualização em 13/08/2022 - 11:16

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Comissão de Prerrogativas reúne-se com membros do MPRJ

Encontro foi marcado por discussões das alterações na Lei Federal 8.906/1994

Felipe Benjamin


Como já havia acontecido na relação com a Polícia Federal, as mudanças na Lei Federal 8.906/1994 - que trazem alterações a respeito de buscas e apreensões nos escritórios de advocacia - levaram a Comissão de Prerrogativas da OABRJ a buscar um diálogo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Integrantes da comissão se reuniram na tarde desta terça-feira, dia 9, com o chefe da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, Eduardo Campos, e o diretor de Inteligência da unidade, coronel Antônio Goulart.

Entre os temas discutidos estiveram os procedimentos nos atos de deflagração das operações de busca e apreensão e o processo de extração e análise do material apreendido. Representaram a Comissão de Prerrogativas o coordenador-geral, Marcell Nascimento; a procuradora Ana Carolina Soares, e o coordenador-adjunto junto ao Ministério Público, Thomaz Pustilnik.

"Acredito que esse primeiro contato foi bastante positivo e conseguimos fazer uma aproximação direta com o coordenador da CSI, mas é claro que na prática teremos que observar as questões concretas para que possamos estreitar a atuação", afirmou Thomaz. "Com relação a apreensão de computadores, tivemos grandes avanços nas discussões sobre a separação de clientes durante as buscas. Já a apreensão de telefones celulares é uma questão mais peculiar e vai exigir mais esforços para que consigamos avançar nestes pontos".


Marcell destacou o caráter harmonioso do encontro e a receptividade que a comissão teve por parte dos representantes do Ministério Público.

"Assim como ocorreu no encontro com a Polícia Federal, há toda a boa vontade e a disposição em se ajustar ao que hoje a legislação determina. O cumprimento dos mandados deve ser feito na presença dos advogados, já com a preocupação com a extração correta de dados. Só assim evitaremos que se busque e se apreenda toda e qualquer coisa nos escritórios. Temos que implementar um processo de seleção já na deflagração da operação, principalmente com relação à análise dos documentos, que é algo novo e que terá que ser ajustado com as demandas que surgirem no dia a dia. Ficou convencionada a realização de umma segunda reunião com os promotores de Justiça, que são os que efetivamente realizam a investigação, para tratarmos da questão de análise de documentos apreendidos", explicou.

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