Nesta quarta-feira, dia 15, a Comissão de Defensores, Procuradores e Advogados Públicos da OAB/RJ emitiu uma nota oficial demonstrando preocupação com a crise na Advocacia Geral da União (AGU). No texto, a comissão faz reclamações em relação ao descumprimento do acordo firmado com o Governo Federal pela valorização das carreiras que compõem a AGU, o que, segundo o grupo da Seccional, prejudica o o exercício da advocacia privada e agrava o sucateamento da instituição. Leia abaixo a íntegra da nota. NOTA OFICIAL A Comissão de Defensores, Procuradores e Advogados Públicos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro, manifesta grande apreensão com os rumos da crise por que passa a Advocacia Geral da União (AGU), que tende a se agravar ao longo das próximas semanas. No dia 26 de novembro de 2015, entidades representativas das carreiras que integram a AGU firmaram com o governo federal o Termo de Acordo no 18/2015, que estabelece elementos mínimos para que essas carreiras possam voltar a atrair bons profissionais do mercado, que se mostrem vocacionados ao exercício da elevada missão constitucional conferida à advocacia pública. Um dos pontos acordados foi a “liberação para o exercício da advocacia privada, respeitadas as restrições do Estatuto da OAB e da lei de conflitos de interesses”. Infelizmente, durante a sessão plenária da Câmara dos Deputados ocorrida no dia 7 de junho de 2016, uma série de manobras parlamentares impediu a aprovação dessa cláusula do acordo, vindo a ser retirado de pauta o Projeto de Lei no 4.254/2015, sem data para retornar. Em virtude do descumprimento do acordo, integrantes da AGU já ameaçam cruzar os braços, justamente num período em que o país precisa recuperar sua economia e os investimos em infraestrutura. Isto posto, a Comissão de Defensores, Procuradores e Advogados Públicos da OAB/RJ: - vê com bastante preocupação o fato de acordos firmados com o governo federal serem simplesmente descumpridos, o que pode acarretar um estado de insegurança e falta de credibilidade em negociações futuras; - externa sua preocupação com a perda de atratividade das carreiras que compõem a AGU, o que pode agravar o sucateamento da instituição; - reclama do governo federal a adoção de uma medida que recupere a integralidade dos termos do acordo firmado com os membros da AGU, buscando a “liberação para o exercício da advocacia privada, respeitadas as restrições do Estatuto da OAB e da lei de conflitos de interesses”. Ronaldo Campos e Silva Presidente da Comissão de Defensores, Procuradores e Advogados Públicos da OAB/RJ