24/01/2013 - 09:29

COMPARTILHE

Comissão Nacional da Verdade investiga morte de Juscelino

redação da Tribuna do Advogado

A Comissão Nacional da Verdade investiga a morte do ex-presidente Juscelino Kubistchek e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, em 22 de agosto de 1976. As investigações tiveram início a partir de relatório entregue à CNV pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG. No requerimento enviado à comissão, a OAB/MG afirma que o ex-presidente "foi morto e vítima do regime de 64". A apuração começou, em sigilo, no fim do ano passado.
 
De acordo com a assessoria de imprensa da Comissão Nacional da Verdade, por causa do "peso" da investigação e por se tratar do ex-presidente JK, não serão informados os passos das investigações e detalhes do processo. Somente ao fim dos trabalhos, finalizando as investigações, a comissão de sete membros decide se pede ou não a reabertura na justiça do processo de morte do ex-presidente e do motorista ao Ministério Público.
Requerimento da OAB/MG enviado à comissão, afirma que ex-presidente foi vítima de atemtado político
 
Segundo o presidente da comissão da OAB, William Santos, fatos novos revelados depois da morte de JK e de seu motorista exigiram a reabertura das investigações pela comissão.
 
William Santos afirma que o suposto assassinato está ligado à Operação Condor que, por meio do SNI, órgão de repressão da Ditadura Militar brasileira, perseguiu, torturou e matou opositores nos países vizinhos.
 
De acordo com as versões oficiais, Juscelino Kubitschek e Geraldo Ribeiro morreram em um acidente na via Dutra. O ex-motorista teria perdido o controle do Opala que dirigia, ocasionando uma colisão, ao esbarrar num ônibus da Viação Cometa e bater de frente em um caminhão, saindo da pista e capotando.
 
De acordo com o documento, "após estudos, pesquisas, depoimentos, leitura apurada do inquérito policial e do laudo da exumação do corpo do motorista Geraldo Ribeiro, após apontamentos novos e não trazidos à época no inquérito e a opinião pública (...) tratou-se de atentado político, a morte do ex-presidente e de Geraldo Ribeiro".
 
O motorista, segundo essa nova versão, teria sido "atingido na cabeça por um projétil denominado batente, de fabricação e uso exclusivo das Forças Armadas, muito utilizado à época pelo Exército Brasileiro".
 
Ainda de acordo com a OAB/MG, o depoimento do motorista do ônibus da Viação Cometa, Josias de Souza, que relatou no inquérito, "que não houve qualquer impacto entre o veículo dirigido pelo interrogado e o veículo acidentado".
 
Abrir WhatsApp