O drama humano gerado pela catástrofe de Petrópolis dá origem a outro, o dos animais de estimação que, de uma hora para outra, veem-se separados de forma abrupta de seus tutores. Estimativas dão conta de que o número se aproxima de mil. A Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da OABRJ, em parceria com a Caarj, garantiu que essas vítimas de quatro patas também recebessem socorro. Na quinta-feira, dia 24, o presidente da CPDA, Reynaldo Velloso, e membros da comissão da Seccional e da subseção petropolitana entregaram uma grande quantidade de ração e remédios a abrigos mantidos pela Prefeitura de Petrópolis e à ONG Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad). "Estamos incentivando também a adoção desses animais resgatados e a prática de lar temporário, pois assim o tutor pode depois reencontrar o animal quando restabelecer a moradia", diz .A causa também vem mobilizando a advogada Suelen dos Santos Pinho Margiota, membra da Comissão de Direito Penal da OAB/Petrópolis. Margiota criou, por conta própria, uma espécie de refeitório animal na garagem de casa, no bairro Floresta, onde cães e gatos abandonados conseguem alimento. Pediu doações à rede de contatos e chamou a iniciativa de "Barriguinha cheia de ração". "Como moro perto de um ponto de apoio para pessoas que perderam suas casas, fiquei comovida com a situação e comecei a arrecadar alimentos. Abriguei uma cadela que se perdeu da tutora no meio da enchente e depois conseguiu reencontrá-la por sorte. Até hoje, o fluxo de pessoas desabrigadas é grande". Quem quiser contribuir com a iniciativa da colega, pode entrar em contato pelo email: [email protected] ou pelo Instagram @suelenmargiotta