04/02/2009 - 16:06

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CJF inicia projeto que unifica sistemas administrativos da JF

CJF inicia projeto que unifica sistemas administrativos da JF

 

 

Do site da Justiça Federal

 

04/02/2009 - Unificar todos os sistemas administrativos da Justiça Federal em 10 meses. Apesar de audaciosa, a meta do presidente do Conselho da Justiça Federal (CJF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, já começou a ser colocada em prática. Na quinta-feira dia 29, e sexta-feira, 30, os diretores-gerais e representantes das áreas técnicas dos tribunais regionais federais, juntamente com os secretários do CJF, deram início ao trabalho de avaliar todos os sistemas existentes na Justiça Federal para buscar sua unificação, seja a partir da construção de novos, seja da adaptação daqueles em bom funcionamento para o compartilhamento entre os cinco TRFs.

 

O objetivo é informatizar os processos administrativos em um mesmo sistema ou em sistemas que se falem, criar um portal que vai sediar os sistemas informatizados da Justiça Federal, priorizar as soluções de interesse comum e compartilhar as já desenvolvidas, além de definir um modelo de gestão que otimize os recursos disponíveis.

 

 

Gestão compartilhada

 

O coordenador do projeto, o juiz auxiliar da Presidência do STJ Murilo Kieling, abriu a reunião nesta quinta-feira salientando a oportunidade que a Justiça Federal tem de, unida, promover uma verdadeira mudança gerencial e comportamental, com conceitos modernos de gestão compartilhada. Segundo Murilo Kieling, a gestão do ministro Cesar Asfor Rocha, um homem moderno e profundo conhecedor do Poder Judiciário, é o momento certo para o início desta empreitada.

 

Em sua opinião, a descentralização da Justiça Federal acabou por gerar um aspecto de desarmonia gerencial, na qual sistemas não compartilhados e com linguagens distintas geram falta de unidade na administração. Segundo ele, o CJF, como órgão central, terá uma visão panorâmica do trabalho dos tribunais, que será desenvolvido a partir das contribuições de cada um. Kieling garantiu que a gestão compartilhada vai dar nova perspectiva ao Conselho da Justiça Federal. De acordo com o juiz, o pressuposto de que cada tribunal tem a sua peculiaridade e, portanto, deve ser gerenciado de forma distinta, deve ser superada: "As características de cada tribunal não podem ser uma desculpa para a falta de união. O sistema único permite continuidade", disse.

 

 

Regionais aderem ao projeto

 

A secretária-geral do CJF, Eva Maria Ferreira Barros, anunciou a instalação de comitê para a coordenação do projeto, formado pelo secretário de Administração Misael Gerra, e pelos assessores Cleide Lima e Leonardo Bicalho da Silva. Os cinco diretores-gerais presentes - Sílvio Ferreira (1ª Região), Luiz Carlos Paixão (2ª Região), Gilberto Almeida Nunes (3ª Região), Fádia Zanini (4ª Região) e Soraria Sotero (5ª Região) mostraram-se comprometidos com a missão. "A proposta vem ao encontro do que sempre desejamos para a Justiça Federal. Estamos prontos para absorver a mudança", disse o diretor-geral do TRF1. A prioridade para a unificação dos sistemas administrativos foi comemorada pela diretora-geral do TRF4, que, juntamente com o diretor-geral do TRF2, levantou a questão da unificação das atribuições das áreas para a correta construção de sistemas compartilhados. "É preciso revisar as atribuições para que se possa falar em linguagem comum que atenda a todos", disse Luiz Carlos Paixão.

 

A 4ª Região salientou a necessidade de revigorar o sistema da área de planejamento e gestão no CJF tal como existe nas áreas de Recursos Humanos e Orçamento e Finanças, que funcionam de forma sistemática. Para Gilberto Nunes, do TRF3, os meios convencionais já não mais atendem ao crescimento da demanda por jurisdição, o que torna urgente a implantação de novas soluções unificadas. A 5ª Região também se mostrou entusiasta do projeto: "Apoiamos a iniciativa, pois a 5ª Região tem um número de servidores resumido. Não conseguiríamos realizar esse trabalho sozinhos. É muito bom ter uma Justiça Federal nacional", disse Soraria Sotero.

 

Antes de se dividirem em grupos para iniciar a avaliação dos sistemas administrativos existentes, os servidores conheceram o cronograma do projeto e o trabalho de mapeamento das rotinas administrativas que será desenvolvido em todos os tribunais como requisito para a especificação dos detalhes dos sistemas a serem desenvolvidos.

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