04/04/2017 - 17:42 | última atualização em 04/04/2017 - 17:56

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Cacique recebe medalha Chico Mendes por indicação da OAB/RJ

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Lula Aparício   |   Clique para ampliar
O cacique Babau, da etnia Tupinambá, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência, por indicação da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OAB/RJ, na 29ª edição do evento promovido pelo Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM), que aconteceu nesta segunda-feira, dia 3 de abril, no Salão Nobre da Seccional, no Centro. Além de Babau, outras 9 pessoas foram laureadas. Houve também uma homenagem especial às lutas pela educação no estado do Rio de Janeiro – representada pelo grupo Ocupa Uerj.
 
“Nunca é demais registrar que realizamos essa atividade também para lembrar o 53º aniversário do golpe militar de 64. Traços desse período ainda marcam nossa realidade, a militarização de nosso sistema de segurança pública vem de muito tempo. Enquanto isso permanecer, vamos resistir” disse o presidente da CDHAJ, Marcelo Chalréo, ao abrir a solenidade.
 
Por determinação da Justiça Federal, o cacique Babau permaneceu quase um ano em prisão domiciliar, sob a condição de “não praticar atos contra a ordem social”; para participar da solenidade, teve que pedir autorização. Em seguida, sua prisão foi revogada. Além dele, receberam a medalha o grupo Chacina Nova Brasília 1994-1995 (RJ); o professor Edson Passetti; o fotógrafo Evandro Teixeira; a desaparecida política Heleny Guariba (in memoriam); o diretor e dramaturgo João das Neves; o coordenador da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) Renato Nathan (in memoriam); a fundadora e militante do GTNM Maria Alice Bráz(in memoriam); a juíza federal Salete Maccalóz (in memoriam); o desaparecido político Sérgio Furtado (in memoriam); e o membro do movimento operário Washington Costa (in memoriam).
 
Há 29 anos, a Medalha Chico Mendes de Resistência homenageia anualmente pessoas ou entidades que lutam ou lutaram em defesa dos direitos humanos. A condecoração é sempre entregue em uma data próxima ao dia 1º de abril, com o objetivo de provocar a reflexão sobre o que foi o golpe civil-militar de 1964 e seus inúmeros efeitos.
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