Britto: 'OAB espera adesão de outras entidades à sua ação contra torturadores' Do site do Conselho Federal 22/10/2008 - Um dia após impetrar no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação visando a punição dos agentes do Estado (militares e policiais) que praticaram tortura durante a ditadura, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, pediu nesta qarta, 22, que as entidades da sociedade brasileira que tenham relação com a questão ingressem como amicus curiae (amigos da causa) na Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ajuizada pela OAB.Ele lançou esse pedido ao participar da reunião do Comitê Nacional para a Prevenção e o Controle da Tortura (CNPTC), realizado no Conselho Federal da OAB. O órgão é presidido pelo ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, um dos defensores de que a Lei 6.683/89 não anistia os torturadores, como reivindica a ação da OAB. No mesmo instante em que lançou a campanha para conquistar amigos da causa para a ADPF n° 153, o presidente nacional da OAB ouviu a primeira adesão à ação: o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, presente à reunião da CNPTC, anunciou que pretende ser o primeiro signatário a reforçar a ação da OAB no Supremo. Britto disse que a OAB espera obter com a ADPF sobre a punição dos torturadores um movimento idêntico ao que ocorreu em relação à ação sobre a constitucionalidade da realização de experiências com células tronco embrionárias, que obteve grande adesão na sociedade. Ele reafirmou que a entidade da advocacia brasileira ingressou com a ação "visando o fortalecimento da democracia brasileira e para que sua história seja escrita de forma integral e transparente".