27/09/2013 - 12:04 | última atualização em 27/09/2013 - 12:08

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Benefício pago por empresa a casais é estendido a gays

jornal O Dia

Casais homoafetivos com união estável passam a contar com os benefícios concedidos pelas empresas aos trabalhadores heterosexuais casados. Com isto, eles conquistam direito a benefícios previstos por programas de recursos humanos, como auxílio creche; seguros de vida, de saúde e de acidente, além de ajuda de custo para gastos com farmácia. Isto porque o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu ontem em favor da extensão dos dissídios (acordos coletivos) aos companheiros de trabalhadores gays com relação estável.
 
Fundador da Igreja Cristã Contemporânea, voltada ao público homossexual, o pastor Marcos Gladstone, também advogado e membro da Comissão de Direito Homoafetivo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), afirma que a medida faz parte dos avanços que o grupo social tem conquistado ao longo dos anos. "O judiciário tem sido favorável em muitas questões. Esta decisão complementa a do Supremo Tribunal Federal (STF) que em 2011 reconheceu a união homoafetiva", disse.
 
O pastor ressalta que a sociedade está mais consciente para a questão, principalmente porque a "opção é um fato e não um mal", disse. Ele acrescentou que as medidas que beneficiam os casais homoafetivos acabam por inseri-los em uma "realidade que antes não existia" em relação à segurança jurídico-social.
 
Gladstone diz acreditar que chegará um momento em que não haverá qualquer distinção entre heteroafetivos e homoafetivos. Porém, se mostra temeroso quanto a uma parcela da sociedade extremamente conservadora. "Existe uma ala do segmento religioso, por exemplo, muito ortodoxa, inclusive com planos políticos de tomada de poder. Caso se concretize, grupos considerados diferentes serão perseguidos", afirmou.
 
Gladstone e o companheiro Fábio Inácio estão juntos há sete anos. Eles têm dois filhos adotivos, de sete e onze anos.
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