15/07/2014 - 14:35 | última atualização em 15/07/2014 - 15:54

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Ato pede liberdade a ativistas presos antes da final da Copa

site R7

Manifestantes marcaram para as 17h desta terça-feira, dia 15, um ato pela libertação dos ativistas presos na véspera da final da Copa do Mundo. O protesto vai acontecer em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro.
 
No domingo, dia 13, a Justiça negou o pedido de soltura das 17 pessoas presas. Dois menores foram apreendidos. Entre os detidos está Elisa Quadros, conhecida como Sininho.
 
De acordo com a polícia, os mandados de prisão foram expedidos com base nos seguintes crimes: formação de quadrilha armada, por suposta participação em atos violentos durante manifestações de rua.
 
Os ativistas estão sendo mantidas em celas separadas dos demais detentos. As oito mulheres estão numa mesma cela da Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza e os nove homens em celas individuais da Cadeia Pública José Frederico Marques - as duas no complexo de Bangu.
 
"O Judiciário está tratando com morosidade. Não estão dando a atenção que merece um caso de arbitrariedade. Pelo menos estão em setores separados dos presos comuns. A prisão já foi um absurdo. Se ficassem misturados, seria mais um absurdo", criticou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcelo Chalréo.
 
As prisões foram determinadas pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal. Ele considerou serem "imprescindíveis para o aprofundamento das investigações" e para a manutenção da ordem durante a final da Copa, uma vez que havia indícios de que os ativistas agiriam com "extrema violência" em manifestações anti-Copa na final do Mundial, domingo, realizada no Maracanã.
 
Os argumentos foram rechaçados pela Anistia Internacional e a Justiça Global, ONGs defensoras dos direitos humanos, que tacharam as prisões de intimidatórias e antidemocráticas. A família da jornalista Joseane Freitas, concursada da Empresa Brasileira de Comunicação, foi pega de surpresa com sua prisão.
 
"Ela estava com viagem de férias marcada para Portugal. Ninguém sabe do que está sendo acusada. Sabemos que participou das primeiras manifestações, pacificamente. Colocaram todos no mesmo saco. Ela não tinha nada contra a Copa", disse o auxiliar administrativo Sidney Araújo, irmão de Joseane.
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