Fim das incertezas. Após uma semana de movimentação intensa da OABRJ para reverter o fechamento da Central de Digitalização do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a corte estadual comunicou, nesta terça-feira, dia 21, a assinatura de convênio com uma nova empresa e a retomada do escaneamento dos processos. O anúncio foi feito em encontro entre os presidentes da Seccional, Luciano Bandeira, e do TJRJ, desembargador Ricardo Cardozo. Os impactos sobre a classe do encerramento da central, sem aviso prévio à OABRJ, e da transferência à advocacia da responsabilidade de escanear os processos físicos foram gigantescos. Inúmeras queixas chegaram diariamente à Seccional, tanto pela Comissão de Celeridade Processual quanto por meio da Comissão de Prerrogativas. Inclusive relatos desesperados sobre processos desaparecidos que não retornaram às suas serventias de origem. Para Luciano, a retomada do serviço é uma vitória do diálogo. “Desde o início, pautamos nossa gestão pela defesa intransigente da advocacia, mas, também, pelo respeito às instituições. Tivemos um grande problema e imediatamente nos mobilizamos para resolver. Fomos ao tribunal, explicamos toda a situação e como isso aflige de forma decisiva o cotidiano de milhares de advogados e advogadas. A nova gestão do TJ foi sensível e deu uma solução rápida para o caso. Seguiremos acompanhando a situação, mas no momento a Ordem se dá por satisfeita com a solução encontrada", disse, reforçando que o contrato já está em vigor. "Passa a valer a partir de hoje [21 de março]". Segundo o atual presidente da corte, o serviço foi paralisado ao término do contrato com a empresa terceirizada, em 2 de fevereiro, deixando num limbo um acervo expressivo de processos físicos travados no setor de digitalização. Dados obtidos pela Seccional junto à Corregedoria do TJRJ dão conta de que o montante pode chegar a 60 mil processos pendentes de digitalização. O tribunal ainda não divulgou informações sobre o novo cronograma dos serviços da Central de Digitalização.