17/01/2012 - 18:42

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Após chuvas, subseções se mobilizam para ajudar vítimas

redação das Tribuninhas

Todo início de ano a mesma coisa: com o verão, também as chuvas fortes e suas consequências. No Estado do Rio, desde o início de janeiro, oito municípios declararam situação de emergência por conta de deslizamentos de encostas e inundações.
Apesar de estarem em áreas afetadas pelas chuvas, as subseções do interior do estado, ao contrário do que ocorreu na tragédia do ano passado, não tiveram prejuízos em suas salas e sedes.
 
No entanto, algumas delas já se mobilizaram para ajudar as vítimas. Em Volta Redonda, uma campanha para recolher donativos foi iniciada no dia 11 de janeiro. A subseção está recebendo alimentos não-perecíveis, caixas de leite, água, agasalhos, colchonetes, fraldas descartáveis infantis, absorventes, produtos de higiene em geral, produtos de limpeza e álcool em gel, que podem ser entregues de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30. “Mais uma vez a sociedade civil está tendo que suprir as carências deixadas pelas autoridades competentes”, disse a presidente da OAB/Volta Redonda, Rosa Maria Fonseca.
 
Em Santo Antonio de Pádua, onde as inundações deixaram diversas localidadaes isoladas, obrigando as autoridades a decretarem situação de emergência no município, a subseção também fez a sua parte. O presidente da OAB, Adauto Furlani, cedeu um barco particular para fazer o transporte de alimentos e de água para as regiões atingidas. Além disso, a embarcação ajudou na locomoção de policiais que necesitavam patrulhar as áreas onde os moradores precisaram abandonar suas casas e evitar que os imóveis fossem saqueados.
 
Adauto Furlani leva policiais a áreas inundadas
 
Segundo Furlani, 90% da cidade ficou inundada por conta das chuvas do início do ano e é preciso mais empenho das autoridades para evitar que a situação se repita. “Ao invés de investir em prevenção, as autoridades passam o verão tapando os buracos e gastando dinheiro com situações de emergência que poderiam ter sido evitadas. Além de descaso com a vida das pessoas, é uma ignorância política. Gasta-se mais sem chegar a uma solução definitiva para o problema”, criticou.
 
A situação de emergência também foi homologada em Cardoso Moreira, Laje do Muriaé, Aperibé, Itaperuna, Italva e Miracema. Em Campos, a chuva também deixou suas marcas: dois diques se romperam, deixando muitas famílias desalojadas. Já em Sapucaia, o caso foi ainda mais grave. As chuvas provocaram a morte de 19 moradores.
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