07/03/2024 - 13:56 | última atualização em 07/03/2024 - 15:49

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Anacrim celebra o Dia da Mulher com evento na OABRJ

Felipe Benjamin



O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, foi marcado pela Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) com um evento na sede da Seccional, na quarta-feira, dia 6. O encontro contou com a presença do presidente da OABRJ, Luciano Bandeira, cujo apoio às mulheres advogadas foi destacado pelo presidente nacional da associação, James Walker.


"Como Luciano diz, nesse evento, nós homens somos coadjuvantes", afirmou Walker. "Mas os homens que aqui estão são coadjuvantes de luxo, pois, acreditam, por princípio, na igualdade em relação às mulheres. Cito como exemplo Luciano, membro honorário da Anacrim, que, na qualidade de presidente da OABRJ, criou a primeira Diretoria de Mulheres de uma seccional da Ordem”. 



Também compuseram a mesa inicial do evento a presidente da Caixa de Assistência da Advocacia do Rio de Janeiro (Caarj), Marisa Gaudio; o desembargador José Muiños Piñeiro Filho, ex- procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro; o presidente estadual da Anacrim, Flávio Fernandes; a vice-presidente estadual e presidente da Comissão da Mulher da Anacrim, Fabiana Marques; e a ouvidora nacional e vice-presidente da Comissão da Mulher da entidade, Cecília Couto.

"Hoje não é o dia de enaltecer os homens, mas é importante que lembremos da importância daqueles que são parceiros na luta pelos direitos das mulheres", afirmou Marisa, primeira mulher a comandar a Caarj, a quem foi dado o posto mais alto da Diretoria de Mulheres da OABRJ, em 2019. 

"Dizemos que não queremos falar apenas para convertidos e que precisamos que a sociedade se envolva nessas questões, e Luciano deu um exemplo com o qual as pessoas podem se inspirar. Muitos pensavam que íamos simplesmente nos sentar na cadeira de presidente e pintar tudo de cor-de-rosa, mas temos tanta competência quanto os homens. A diferença é que iniciamos essa caminhada de um local mais distante. Por isso, a importância de ações afirmativas e políticas específicas para mulheres".

Ao longo da cerimônia, também tiveram fala a defensora pública do estado, Glauce Mauês; a diretora do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e conselheira da OABRJ, Márcia Dinis, e a desembargadora TJRJ Adriana Ramos de Mello.

"A História é sempre contada por homens e para homens", afirmou a desembargadora.

"Para nós, mulheres, é difícil alcançar espaços de poder, até mesmo dentro até mesmo dentro do Sistema de Justiça. Minha atuação à frente de uma vara de crimes contra as mulheres me aproximou muito dos estudos da violência de gênero, e, anos atrás, não tínhamos dados sólidos sobre o feminicídio ou sobre a participação feminina na magistratura e na advocacia. Até hoje, temos cenários em que uma mulher ou outra é indicada para compor uma cota, mas o que queremos é uma igualdade plena de direitos. Toda mulher tem direito a ser livre de violência tanto na esfera pública, quanto na privada. Isso não pode ser um artigo em uma convenção. Deve ser um lema de vida nosso".

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